Começa nesta segunda-feira (17) o programa do Governo Federal “Desenrola Brasil”, que vai renegociar dívidas e baratear crédito. Em Mato Grosso do Sul, mais de 1 milhão de sul-mato-grossenses podem ser beneficiados e, com isso, pagar dívidas em atraso com bancos para voltar a ter crédito com o nome limpo.
A ação do governo visa combater o aumento da inadimplência, que cresceu no País durante a pandemia de Covid-19 com as altas taxas de juros aplicadas. Poderão participar do programa pessoas que queiram renegociar dívidas negativadas de crédito de 2019 até 31 de dezembro de 2022. O governo espera beneficiar 70 milhões de brasileiros.
Quem pode ser beneficiado no Desenrola Brasil?
A primeira etapa é a extinção de dívidas bancárias de até R$ 100. Essas pessoas ficarão automaticamente com o nome limpo caso não tenham contas de maior valor atrasadas. A estimativa do Governo Federal é que 1,5 milhão de brasileiros sejam beneficiados com essa ação.
Já a segunda etapa contemplará pessoas físicas com renda de até R$ 20 mil que tenham dívidas bancárias em qualquer valor. A renegociação poderá beneficiar até 30 milhões de pessoas em todo país com a disponibilização de R$ 50 bilhões em crédito para a faixa 2.
Em contrapartida, o governo irá oferecer aos bancos um incentivo regulatório para aumento da oferta de crédito.
A terceira etapa do programa está prevista para setembro deste ano para pessoas que tenham dívidas de até R$ 5 mil e que tenham renda de até dois salários mínimos ou que são inscritas no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal).
37% dos sul-mato-grossenses estão inadimplentes
De acordo com a Serasa, o Estado tem 1,03 milhão de inadimplentes, cujas dívidas somavam R$ 5,29 milhões em maio deste ano.
O levantamento mais recente também aponta que Mato Grosso do Sul tem 3,72 milhões de contas em atraso, já que uma pessoa pode ter mais de uma dívida.
Conforme o Censo Demográfico 2022, Mato Grosso do Sul tem 2.756.700 de habitantes. Assim, os dados do Serasa mostram que 37,59% da população do Estado está com o nome sujo.