Stian Jenssen, diretor do Gabinete do Secretário-Geral da Otan, disse que suas declarações foram ‘incorretas’
Sputnik – Stian Jenssen, diretor do Gabinete do Secretário-Geral da Otan, descreveu nesta quarta-feira (16) como um erro suas recentes observações sobre a possibilidade de a Ucrânia receber adesão à aliança militar em troca de ceder seus territórios à Rússia.
Na terça-feira, durante um painel de discussão na Noruega, o funcionário da Otan admitiu a possibilidade de a Ucrânia aderir à aliança em troca da entrega de parte do seu território à Rússia. Jenssen disse ainda que já está em curso uma discussão sobre um possível estatuto de determinados territórios após o conflito.
“Falei sobre isso como parte de uma discussão mais ampla sobre possíveis cenários futuros para a Ucrânia. Não deveria ter dito dessa forma. Foi incorreto”, disse Jenssen ao jornal norueguês Verdens Gang.
Ainda nesta quarta-feira, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que os relatórios sobre a sugestão de Jenssen não são precisos. “Não há nada nisso. Isso não é preciso. Já conversamos sobre tentar ajudar a encontrar um caminho para a adesão”, disse Kirby durante uma coletiva de imprensa.
Oleksiy Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, chamou na terça-feira os comentários de Jenssen de ‘estranhos’. O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, disse que seu país não cederia seus territórios em troca de adesão à Otan. A mídia relatou, citando fontes da aliança, que o bloco prometeu mais apoio à Ucrânia, apesar dos comentários de Jenssen.
Como resultado da Cúpula da Otan em Vilnius, de 11 a 12 de julho, os líderes da aliança concordaram com um pacote de três elementos para aproximar a Ucrânia do bloco. O primeiro elemento inclui a criação de um programa de assistência para a Ucrânia que tornará possível a transição para os padrões, treinamento e doutrinas da Otan. O segundo elemento é o estabelecimento do Conselho Otan-Ucrânia, e o terceiro envolve o cancelamento do plano de ação de adesão para a Ucrânia, que permitirá que o processo de adesão de Kiev seja reduzido de duas etapas para uma etapa. No entanto, nenhum convite oficial foi feito pelo bloco a Kiev.
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