O inquérito acumulou uma quantidade considerável de detalhes e evidências sólidas acerca do envolvimento dos suspeitos nas negociações, bem como sobre a trajetória do dinheiro
O depoimento prestado pelo antigo ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, já se estende há mais de sete horas nesta quinta-feira (31), nas instalações da Polícia Federal. Conforme as informações apuradas pelo g1, a colaboração de Mauro Cid progrediu após os interrogatórios realizados durante o dia de hoje. Tanto ele como seu pai foram confrontados e questionados a respeito de dados extraídos dos telefones celulares do general em questão e de Wassef. Essas indagações também se fundamentaram em outros indícios obtidos ao longo da investigação, os quais foram apresentados, de maneira especial, ao ex-ajudante de ordens.
A investigação da PF visa a esclarecer um possível esquema ilícito relacionado ao desvio de joias luxuosas adquiridas durante viagens ao exterior, as quais fazem parte do patrimônio da União. Conforme as informações apuradas, os depoimentos ocorreram em locais separados e houve uma proibição do uso de telefones celulares. Os investigadores já dispõem de informações mais detalhadas acerca das transações ilegais e estão agora aprofundando a análise dos beneficiários dos recursos obtidos através da venda das joias.
Segundo as fontes da PF ouvidas pelo g1, o inquérito acumulou uma quantidade considerável de detalhes e evidências sólidas acerca do envolvimento dos suspeitos nas negociações, bem como sobre a trajetória do dinheiro, tanto internamente quanto internacionalmente. Tais fontes alegam que a investigação está direcionando um foco incisivo sobre o ex-presidente Bolsonaro. Sob autorização judicial, estão sendo realizadas novas diligências, mantendo-se um sigilo absoluto, a fim de não comprometer a fase derradeira das apurações. Vale ressaltar que essa fase inclui uma colaboração internacional com autoridades dos Estados Unidos.