Não foi um grande sucesso, mas acabou elogiado pela crítica e abriu caminho para um Hanks cineasta.
Já passou mais de um quarto de século e poderíamos dizer que quase nos esquecemos de sua existência, mas foi em 1996 que Tom Hanks, no auge do sucesso, decidiu explorar outras facetas de sua carreira artística e lançar The Wonders – O Sonho Não Acabou, um longa-metragem que exala carisma.
A título de contexto, na época, Hanks tinha acabado de ganhar dois Oscars consecutivos com Filadélfia (1993) e Forrest Gump: O Contador de Histórias (1994), apresentando-lhe, o futuro, uma carreira promissora. Na trama do filme, uma banda de garagem da década de 1960 se torna uma sensação do dia para a noite, com a ajuda de um empresário experiente e de uma música chiclete. Obviamente, tensões internas ameaçam a queda do grupo, que precisará lutar para manter sua formação coesa.
Apesar de, hoje, Hanks ter abandonado a ideia de continuar a comandar as câmeras, ele afirmou durante uma entrevista para o The New Yorker que nunca se arrependeu da experiência. Na conversa, o astro confessou que “adorou fazer The Wonders”, analisando também como o passar do tempo mudou a concepção das pessoas a respeito da obra.
Eu adorei fazer esse filme. Adorei escrever, adorei estar com ele. Eu amo todas as pessoas nele. Quando foi lançado, foi completamente rejeitado pela primeira onda do público. Não foi um grande negócio. Ele durou um tempo, foi visto como uma espécie de cópia estranha de nove outros filmes diferentes. Agora, exatamente as mesmas publicações que o rejeitaram em sua crítica inicial o chamaram de ‘clássico cult de Tom Hanks’. Qual é a diferença entre essa mudança de opinião? A resposta é o tempo.
Curiosamente, Hanks também já chegou a revelar que escreveu The Wonders durante a turnê promocional de Forrest Gump, muito por se sentir entediado durante as infinitas sessões de entrevista.
Com 94% de aprovação no Rotten Tomatoes e um culto de fãs, no elenco, nomes como Liv Tyler, Tom Everett Scott, Charlize Theron, Steve Zahn e mais estão presentes. O filme contou com um orçamento de US$26 milhões e arrecadou “meros” US$34 milhões mundialmente, sendo indicado ao Oscar de Melhor Canção Original em 1997.