Uma adaptação de um jogo de videogame famoso acabou não dando o retorno desejado.
Quase 20 anos se passaram desde o seu lançamento e, certamente, é melhor para todos que tenha caído no esquecimento. Em 2005, Alone in the Dark – O Despertar do Mal sofreu um fracasso excepcional nas grandes telas, adaptando cinematograficamente uma famosa franquia homônima de games eletrônicos.
Enquanto o jogo foi alvo de elogios, o longa-metragem, por outro lado, acabou rejeitado de maneira unânime por público e crítica. Na trama, Edward Carnby é um investigador particular especializado em casos sobrenaturais. Após a súbita morte de um dos seus amigos, ele inicia uma investigação por conta própria em busca de respostas.
Estrelado por Christian Slater e Tara Reid, o filme foi dirigido por Uwe Boll, diretor alemão cuja carreira conta com incontáveis reveses. A termos de curiosidade, quando o cineasta começou a rodar Alone in the Dark, ele havia acabado de dirigir outra adaptação de um famoso videogame que também havia sido um desastre: House of the Dead – O Filme.
Com aprovação de apenas 1% da crítica no Rotten Tomatoes, Alone in the Dark configurou um grande baque comercial, arrecadando meros 13 milhões de dólares – contra um orçamento de 20 milhões. Para se ter ideia, a pré-produção já indicava o caos que o filme seria, havendo sete roteiros diferentes.
Boll, por sua vez, sempre se mostrou ofendido com a recepção de sua obra, justificando a reação dos fãs ao alegar que as expectativas foram excessivas – e até chamando para a porrada alguns dos críticos.
“Estou cansado de gente criticando meus filmes sem tê-los visto. Muitos jornalistas fazem julgamentos de valor sobre meus filmes com base nas opiniões de mil ou duas mil vozes na internet. Metade dessas opiniões vêm de pessoas que nunca viram meus filmes”, desabafou ao The Guardian em 2006.
Nos anos seguintes, o cineasta ainda lançou títulos que não alcançaram o sucesso desejado, como Em Nome do Rei, BloodRayne, Salve-se Quem Puder e mais. Em 2016, ele então anunciou a aposentadoria, afirmando categoricamente que “o mercado estava morto” com a chegada dos streamings e que não tinha mais condições de fazer filmes.
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