Aras rebateu acusação de Moro, que classificou como “intimidatório” o pedido de inquérito sobre denúncias contra Bolsonaro, dizendo que a PGR não pode “conduzir coercitivamente, realizar busca e apreensão, atos típico de juízes – e, só por isso, não tem caráter intimidatório”
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O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, assumiu a defesa de Jair Bolsonaro no embate com Sérgio Moro e, em comunicado divulgado nesta sexta-feira (1º), rebateu as declarações do ex-ministro que em entrevista à Veja classificou como “intimidatória” a peça do Ministério Público Federal que pede a investigação das denúncias feitas por ele contra o presidente.
“A petição de inquérito apenas narra fatos e se contém nos limites do exercício das prerrogativas do Ministério Público, sem potencial decisório para prender, conduzir coercitivamente, realizar busca e apreensão, atos típico de juízes – e, só por isso, não tem caráter intimidatório. O procurador-geral da República, Augusto Aras, reitera que não aceita ser pautado ou manipulado ou intimidado por pessoas ou organizações de nenhuma espécie”, declarou a PGR no comunicado, que termina dizendo que “ninguém está acima da Constituição”.
Na entrevista, Moro disse que “a requisição de abertura desse inquérito que me aponta como possível responsável por calúnia e denunciação caluniosa foi intimidatória”.
A abertura do inquérito foi autorizada pelo ministro Celso de Mello, do STF. Na decisão, ele não citou a possibilidade de crimes cometidos por Moro, que deve depor nos próximos cinco dias.
Fonte: Revista Fórum