Nos cinco primeiros meses de 2024, foram registrados 880 focos de queimada no Pantanal, um aumento de 898% em relação ao mesmo período no ano passado. Preocupados com a grave situação, os deputados voltaram a falar sobre o tema, durante a sessão desta quarta-feira (3), abordando responsabilização e formas estratégicas para recuperar o bioma.  

Pedro Kemp (PT) informou que o Ministério Público Federal (MPF) investiga se há incêndios criminosos. “Se nos últimos 30 dias não tivemos ocorrência de raios na região, esses incêndios estão acontecendo por descuido ou de forma proposital. Estão ateando fogo para limpeza diária ou para atrair investimentos. É preciso uma investigação para que haja a responsabilização”.

Para os deputados João Henrique (PL) e Zé Teixeira (PSDB), os produtores rurais não estão ateando fogo e destacaram que a grande quantidade de biomassa é combustível para o fogo. “Recebi vídeos que nas regiões de Nhecolândia e Paiaguás não há fogo, somente perto de Corumbá existem incêndios. A polícia precisa investigar isso”, disse Teixeira.

Presidente da Comissão de Meio Ambiente, o deputado Renato Câmara (MDB) defendeu estratégias para conservação e recuperação do bioma. Ele disse que o equilíbrio ambiental e os processos ecológicos do Pantanal são determinados por eventos, naturais ou não, que ocorrem nas partes altas da bacia hidrográfica. “Precisamos considerar a relação entre planície e planalto, as mudanças climáticas, o uso de tecnologias e ações sustentáveis. Organizar estratégias, neste momento, é primordial”, afirmou Câmara, sugerindo a regulamentação do Fundo de Recursos Hídricos, para investir na proteção do Pantanal.   

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