O Governo do Estado, por meio da SES (Secretaria de Estado de Saúde), e a Marinha do Brasil assinaram nesta semana o plano de trabalho para o desenvolvimento das próximas ações vinculadas ao Projeto Navio (Navegação Ampliada para a Vigilância Intensiva e Otimizada), que visa proporcionar mais qualidade de vida e melhores cuidados com a saúde da população ribeirinha do estado.

Conforme o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa, a assinatura do plano de trabalho garante a continuidade dos serviços prestados para a assistência à saúde da população ribeirinha. “Continuaremos investindo para aperfeiçoar este projeto, trazendo soluções em saúde para nossas populações ribeirinhas”, afirma o secretário.

O comandante do 6º Distrito Naval, Contra-Almirante Alexandre Amendoeira Nunes, reforçou a importância do projeto que, além de proporcionar melhorias no atendimento, contribui com melhores condições de vida para a população ribeirinha da região. “Parceria muito importante para levar serviços e atendimento à população que vive em comunidades mais afastadas dos centros urbanos e de difícil acesso”, disse.

“O Projeto Navio é único e inovador, um projeto com a soma de muitos esforços, tudo baseado na ciência e visando a qualidade de vida e saúde dessas populações”, considerou a secretária-adjunta de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone.

Para a coordenadora de Saúde Única da SES, Danila Frias, a parceria com a Marinha do Brasil é fundamental para que o estado leve a vigilância em saúde a população ribeirinha com foco em Saúde Única.

“A assinatura do plano de trabalho vem para fortalecer ainda mais as ações do Projeto NAVIO que é um projeto extremamente importante para o estado, para a população ribeirinha. O projeto tem o foco de Saúde Única, então nós trabalhamos a saúde humana, a saúde animal e também a ambiental nessas localidades”, afirma.

A próxima missão do Projeto Navio está prevista para acontecer no mês de setembro para o tramo sul do Rio Paraguai, saindo de Ladário em direção ao município de Porto Murtinho.

Projeto Navio

O Projeto Navio (Navegação Ampliada para a Vigilância Intensiva e Otimizada) é uma parceria firmada entre a SES/MS (Secretaria de Estado de Mato Grosso do Sul), Marinha do Brasil, Fiocruz Minas (Fundação Oswaldo Cruz de Minas Gerais) e SES/MT (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso) para a instituição de uma vigilância genômica para a população ribeirinha.

O projeto, que tem por objetivo o estudo e monitoramento da saúde de populações ribeirinhas do Pantanal e das mudanças climáticas e seus impactos na saúde pública, visa atender a população, fazer a busca e a vigilância de patógenos no cunho de Saúde Única, analisando patógenos com impacto na saúde humana, animal e ambiental.

Para o pesquisador da Fiocruz Minas, idealizador e coordenador do Projeto NAVIO, Dr. Luiz Alcântara, o projeto tem o objetivo de atender as populações ribeirinhas da região, investigando em escala de Saúde Única e, dessa maneira, dando suporte às doenças causadas por patógenos nessas populações. “Esse é um projeto One Health – Saúde Única – que visa não somente investigar os patógenos emergentes e reemergentes nessas populações, mas também os patógenos que estão nos animais, no meio ambiente – água e esgoto – e bem como nos vetores e carrapatos no ambiente em que essas populações convivem”.

O Projeto Navio possui duração de 5 anos e teve início no dia 25 de novembro de 2023 na rota entre Ladário e Porto Murtinho. Para o projeto, a Marinha do Brasil disponibilizou três embarcações: o Navio de Assistência Hospitalar ‘Tenente Maximiano’, o Navio de Apoio Logístico Fluvial ‘Potengi’ (possui laboratório montado, inclusive de biologia molecular) e o Navio de Transporte Fluvial ‘Paraguassu’ (acomoda a tripulação; será montado um novo laboratório para a realização de análise de amostras de água, de fezes e outros tipos de testes).

Parcerias

Além da SES/MS, Marinha do Brasil, Fiocruz Minas e SES/MT, o projeto conta com o apoio da, LACENs (Laboratório Central de Saúde Pública) de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná, alunos e professores do Programa de Pós-Graduação de Doenças Infecciosas e Parasitárias da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), pesquisadores da Fiocruz Mato Grosso do Sul, universidades federais de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Ouro Preto, Universidades Estaduais de Mato Grosso do Sul e de Feira de Santana da Bahia, Embrapa, OPAS/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde), Ministério da Saúde, Loccus, Biomanguinhos, IBMP (Instituto de Biologia Molecular do Paraná), prefeituras de Ladário, Corumbá e Porto Murtinho, Instituto Erasmus de Roterdan da Holanda, Universidade de Stellenbosch da África do Sul, Universidade de Sidney da Austrália e Sistema OCB/MS.

Kamilla Ratier, Comunicação SES
Foto: Divulgação