Na manhã desta sexta-feira (19) teve início o “Curso Nacional de Treinadores de Voleibol de Quadra – Nível 2”, que continuará no sábado (20) e domingo (21). O curso é uma iniciativa conjunta do Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer) e Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), em parceria com a CBV (Confederação Brasileira de Voleibol).

Participam do curso 30 profissionais de Campo Grande e 62 técnicos das cidades do interior do estado. No ano passado, também em parceria com a CBV, foi realizado o Curso Nacional de Treinadores de Voleibol de Quadra – Nível 1, que capacitou técnicos para o nível escolar.

A parte teórica da capacitação foi realizada online de 1º a 11 de julho. Agora, o curso presencial capacita os professores de Educação Física de forma prática, sob a orientação de treinadores da CBV.

Os técnicos terão o direito de utilizar o título de treinador nacional no nível em que forem habilitados. Além disso, serão registrados como treinadores na sua Federação e na CBV, conforme as normas legais estabelecidas para o exercício da profissão.

O diretor-presidente da Fundesporte, Paulo Ricardo Nuñez, destacou que o curso é uma oportunidade única para os profissionais sul-mato-grossenses.

“Acredito que este evento é essencial para o aperfeiçoamento e treinamento dos treinadores, contando ainda com o alto nível dos professores que ministrarão os treinamentos. Nosso objetivo é fornecer subsídios e capacitar nossos técnicos de forma acessível, pois acreditamos que o conhecimento é o maior legado que podemos oferecer”.

Para o secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Ferreira Miranda, a capacitação de técnicos é fundamental para o desenvolvimento do esporte em Mato Grosso do Sul.

“O apoio e a parceria com a CBV são estratégicos para elevarmos o nível do voleibol no estado. Estamos oferecendo, por meio  dessa capacitação de qualidade, oportunidades que valorizem nossos profissionais e contribuam para o crescimento do esporte local”.

Diretor da CBV e presidente da Comissão Nacional de Treinadores de Voleibol, Carlos Antônio Rios ressaltou a satisfação de concluir mais uma etapa do treinamento em parceria com o Governo do Estado.

“Este curso tem capacitado os treinadores da base, é um projeto inédito no Brasil. Há três anos fizemos o nível 1, agora estamos fazendo o nível 2. É a continuidade e, com certeza, daqui a dois anos vamos fazer o nível 3”. 

“O objetivo é democratizar o conhecimento e levar mais oportunidades aos nossos professores que trabalham na base, nas escolas, para que tenham acesso a todo o desenvolvimento técnico e científico do voleibol nacional. Isso, com certeza, vai contribuir de forma significativa na performance, não só das nossas seleções de base, mas principalmente, daqui a um tempo, na seleção adulta, se Deus quiser”, completa Rios.

Leomar Soares, 50, treinador de voleibol em Campo Grande há 30 anos e técnico do Prodesc (Programa MS Desporto Escolar) desde 2021, é professor na Escola Estadual Joaquim Murtinho.

“Considero que realizar o treinamento da CBV é uma oportunidade de se atualizar. Os atletas ganham muito porque, à medida que os técnicos se especializam e buscam conhecimento, a qualidade dos seus treinos melhora. Somos transferidores de conhecimento. E quanto mais atualização, quanto mais busca de conhecimento temos, mais qualidade oferecemos no nosso trabalho”, afirma Leomar.

A técnica de voleibol em Corumbá, Rosilene Ayala, 50, é treinadora na Escola Municipal Pedro Paulo de Medeiros. Ex-atleta de voleibol, a professora é apaixonada pela modalidade e busca garantir mais conhecimento na área.

“Trabalhei com voleibol na minha cidade por uns 10 anos. Depois, parei por 8 anos para assumir outra função, fora das quadras. Retornei ao voleibol há cerca de 3 anos e senti a necessidade de fazer o curso de nível 2 para obter mais conhecimento sobre a modalidade. Acho que este curso vai me ajudar a melhorar a qualidade dos meus treinos e a planejar melhor as atividades”.

O curso teórico tem carga horária de 52 horas, e a parte prática, 28 horas, totalizando 80 horas/aula. No domingo (21), último dia de curso, será aplicada prova teórica para avaliação dos candidatos. Os profissionais aprovados serão cadastrados pela CBV como Treinador CBV Nível 2.

Bel Manvailer, Comunicação Setesc
Fotos: Thais Lima/Setesc