Na noite desta terça-feira (17), os moradores de Dourados e de diversas cidades do país tiveram a oportunidade de observar um fenômeno astronômico que, embora sutil, encantou quem olhou para o céu. O eclipse lunar parcial, que coincidiu com a “superlua cheia”, desenhou uma tímida sombra na Lua, proporcionando um espetáculo que, apesar de discreto, não passou despercebido pelos olhos atentos de quem aprecia os mistérios do universo.
O fenômeno, visível a olho nu, não exigiu telescópios ou filtros especiais. O Observatório Nacional explicou que o eclipse penumbral — quando a Lua passa pela sombra mais clara da Terra — começou por volta das 20h40, e o eclipse parcial, com a sombra escura e mais visível, atingiu seu ápice às 22h44. A porcentagem de ocultação, no entanto, era mínima: apenas 3,5%. O suficiente para criar um show de luz e sombra, ainda que quase imperceptível para muitos.
Embora esse eclipse não tenha sido daqueles que fazem multidões se reunirem para acompanhar o evento, sua importância não diminui para quem observa a Lua com frequência. Foi uma noite de contemplação silenciosa, uma oportunidade para se conectar com algo que transcende a rotina e, mesmo que por um instante, lembrar que há movimentos celestes acontecendo muito além da nossa percepção diária.
Além do eclipse, o fenômeno da superlua adicionou um toque especial à noite. A superlua acontece quando o satélite natural está mais próximo da Terra em sua órbita, parecendo ligeiramente maior e mais brilhante no céu. Mesmo assim, a combinação de uma superlua e um eclipse de baixa ocultação fez com que o espetáculo, ao invés de grandioso, fosse mais uma dança delicada no céu.