Os prefeitos de 22 dentre os 29 municípios que formam a Região Metropolitana de Curitiba (PR) se manifestaram em repúdio à candidata Cristina Graeml (PMB) por propostas consideradas “discriminatórias” com o entorno curitibano. Eles criticam o item de seu plano de governo que prevê a cobrança de tarifas de ônibus proporcionais à distância percorrida, bem como, em sua propaganda eleitoral, a exigência de compensação financeira pelos municípios vizinhos pela utilização dos serviços locais de saúde pública.
As duas propostas, de acordo com os gestores municipais, expõem toda a região ao “enorme risco de perder a integração do transporte hoje existente, além de sofrer uma piora em todo sistema de Saúde”. Além disso, avaliam que as propostas revelam “despreparo para pretendida função e desconhecimento de causa, pois, o SUS é universalizado e não pode haver essa divisão de territorialidade”.
Graeml chegou a ser questionada na terça-feira (22) sobre a proposta relacionada ao transporte, afirmando que esta será submetida a um teto inferior a R$ 6,00, preservando o preço atual para viagens de ônibus de longa distância na capital paranaense. A maior preocupação dos prefeitos, porém, diz respeito ao sistema de saúde.
“As propostas representam um retrocesso das integrações do SUS e do transporte
coletivo conquistadas e que beneficiam a população das cidades da Região Metropolitana de Curitiba”, declararam, ressaltando que os municípios do entorno curitibano também fornecem serviços à população da capital.
Um dos signatários é o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), aliado do candidato do mesmo partido Eduardo Pimentel, seu vice no atual mandato e concorrente de Cristina Graeml. Sete prefeitos da zona metropolitana não assinaram a nota: os de Araucária, Bocaiúva do Sul, Campo Magro, Doutor Ulysses, Itaperuçu, Mandirituba e Quintandinha.