As obras de asfalto no bairro Altos do Indaiá, em Dourados, enfrentam paralisação após as eleições e preocupa os moradores. Maquinários e trabalhadores sumiram do local há três semanas.
Iniciadas oficialmente em 12 de junho com uma cerimônia pomposa feita pela prefeitura na Rua Mario Feitosa Rodrigues, as obras estavam orçadas em R$ 4,5 milhões e eram aguardadas pela comunidade como uma solução para melhorar o acesso no local e acabar com o barro.
No entanto, a execução foi interrompida após o fim das eleições municipais, e as queixas da população ganharam destaque nas redes sociais.
A prefeitura contratou a LF Assessoria e Construções LTDA para realizar 2.618,05 metros de drenagem e 15.677,22 metros quadrados de pavimentação. Durante o lançamento, o prefeito Alan Guedes destacou o papel da bancada federal, incluindo as senadoras Soraya Tronicke e Tereza Cristina, que contribuíram para viabilizar a verba.
Alan Guedes, que não conseguiu reeleição, ressaltou na época do lançamento da obra que a pavimentação era uma “infraestrutura fundamental para induzir o desenvolvimento da cidade”, considerando o Altos do Indaiá próximo a áreas estratégicas, como o Aeroporto de Dourados.
Contudo, o entusiasmo oficial contrastam com o cenário atual. Algumas ruas já ganharam o meio-fio tiveram o início do asfalto, enquanto outras estão com estacas e cascalho. Manilhas para execução de drenagem estão espalhadas em alguns pontos.
Em uma publicação nas redes sociais, a moradora Maria Zélia Sousa expressou indignação com a situação: “Iniciaram a obra e é mais uma obra inacabada… apenas a Rua Mario Feitosa teve serviço completo… os moradores nem podem refazer suas calçadas ou grama como era”, postou. Além disso, a moradora relatou que trabalhadores estavam retirando materiais da obra, com destino para outra cidade, o que acentuou a desilusão de quem mora naquela região.
Resposta da Prefeitura
Em resposta às queixas, a Prefeitura de Dourados, por meio de sua assessoria, informou que a paralisação se deu pela ausência de repasse do Ministério das Cidades para a Caixa Econômica, o que impediu o pagamento dos serviços executados pela construtora. De acordo com a administração, essa situação seria temporária, até que o pagamento fosse regularizado e os trabalhos pudessem ser retomados.