Ameaça em grupo de whatsApp do distrito de Itahum, em Dourados, contra equipe da unidade de saúde, deve fazer com que o posto só venha a abrir nos próximos dias com a presença de força de segurança.

O caso vem a tona uma semana após a morte a do médico Edivandro Gil Braz, de 54 anos, assassinado a facadas dentro do consultório de posto de saúde de Douradina, cidade vizinha a Dourados.

No caso de Itahum, a ameaça aconteceu no grupo “Reclame aqui” de moradores do distrito. “Amanhã a tarde pessoal do posto de saúde irão ter uma surpresa, aguardem e assistam“, diz a mensagem. 

Conversa em grupo de WhatsApp de Itahum

Rafael Antunes, único médico da unidade de saúde, recebeu na manhã desta quinta-feira (21) a conversa da rede social de uma moradora do distrito. Ele falou com a reportagem e disse que não estaria no posto nesta tarde, pois irá procurar a delegacia para registar boletim ocorrência. O caso foi comunicado à Secretaria Municipal de Saúde.

Distante 60 km de Dourados, Itahum tem peculiaridades que colocam os moradores do distrito em situação delicada, em razão de estar longe da sede do município. Cerca de 4 mil pessoas moram no local e só há um posto de saúde e um médico.

“Só vou amanhã trabalhar se tiver a presença da Guarda Municipal ou da Polícia Militar”, disse o médico. Ele teme pela vida dele e dos demais trabalhadores da unidade de saúde.

Rafael atua no posto desde abril deste ano e uma médica que ele sucedeu já havia sofrido ameaça da comunidade.

Assim como qualquer outra unidade de saúde da família de Dourados, Itahum tem horário de funcionamento para os períodos da manhã e da tarde e por sistema de agendamento. Esse seria o impasse dos moradores do distrito mais distante da cidade e que acabam transferindo para os servidores públicos um problema de gestão que somente a prefeitura pode resolver.