Protesto aconteceu nesta quarta-feira (fotos: Marcos Morandi, Midiamax)

Mais de 50 manifestantes se reuniram na frente da Penitenciária Estadual esta quarta-feira por melhores condições de trabalho

Com superpopulação carcerária e detentos pertencentes a facções criminosas, a PED (Penitenciária Estadual de Dourados) tem apenas 1 policial penal para cada 170 presos, que vive sob constante pressão. O alerta é dos servidores do estabelecimento que lutam por melhores condições de trabalho.

Nesta quarta-feira (4), mais de 50 policiais fizeram uma manifestação em frente à penitenciária. Entre as principais reivindicações está a regulamentação da carreira e progressão automática.

“Nós também estamos reivindicando a equiparação salarial com as demais forças de segurança do Estado. Está passando da hora do governador olhar com mais atenção para o policial penal que é considerada a segunda profissão mais perigosa do mundo”, explica Edmar Lei Silva, diretor regional do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de MS).

Conforme dados da categoria, a PED abriga atualmente mais de 2.540 detentos. Desse tota 225 são indígenas. Os detentos estão distribuídos em três raios (pavilhões) da penitenciária. O raio II é o mais populoso, com 730 presos, juntamente com o setor linear, com 630 custodiados.

“Estamos correndo risco permanente em nossas funções. Na maioria das vezes contamos com somente 2 policiais para atendimento de cada raio. É uma pressão desumana que transforma nosso ambiente de trabalho num verdadeiro caos. Estamos à beira do colapso”, explica uma policial penal ouvida pela reportagem do Jornal Midiamax.

Segundo o delegado sindical, caso nenhuma providência seja tomada, a situação tende a se agravar, uma vez que alguns policiais já abdicaram de fazer horas extras, modificado a rotina na PED e isso afetar as visitas aos internos.