Na manhã desta terça-feira (21), o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), e a presidente da MSGás, Cristiane Junqueira, participaram de uma reunião virtual do Fórum Nacional de Secretários de Minas e Energia. O principal tema do encontro foi a harmonização das legislações sobre gás natural no âmbito do programa “Gás para Empreender”, com o intuito de fortalecer a competitividade do combustível e consolidá-lo como peça-chave na transição energética.
De acordo com Jaime Verruck, o mercado de gás natural tem perdido competitividade em relação a outras fontes, como biomassa e biometano. O secretário destacou que um dos principais desafios do setor é o alto custo da infraestrutura de gasodutos, o que impacta diretamente os preços finais para consumidores e empresas. O programa nacional visa justamente reduzir esses entraves, promovendo a padronização das regras estaduais e nacionais para baratear o insumo.
O governo federal tem se empenhado em criar um ambiente mais propício para a ampliação da oferta e da demanda de gás natural. A estratégia busca atrair investimentos e estimular o uso do combustível como uma alternativa energética viável e econômica. Para isso, além da regulamentação, são discutidas medidas para a expansão da malha de distribuição e o aumento da eficiência logística.
No Mato Grosso do Sul, a MSGás já trabalha em dois projetos estratégicos para ampliar o acesso ao gás natural. Um deles visa atender à empresa Arauco, que demonstrou interesse na construção da infraestrutura necessária. O outro projeto prevê a criação de uma central de distribuição em Dourados, utilizando novas tecnologias para dispensar a necessidade de gasodutos tradicionais.
Além dessas iniciativas, há tratativas para um acordo de cooperação com o Paraguai para a construção de um gasoduto ao longo do Corredor Bioceânico. Outro ponto importante para o estado é o aumento das importações de gás da Bolívia, que opera atualmente com 60% de sua capacidade ociosa. Segundo Verruck, essa ampliação não apenas garantiria maior oferta do insumo, mas também contribuiria para o fortalecimento da arrecadação estadual.