Os casos notificados de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) cresceram mais de 300% em Mato Grosso do Sul neste ano. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, até sexta-feira (8) foram 1.379 notificações com pacientes hospitalizados. Em 15 de maio de 2019, eram 392.

O boletim epidemiológico mais recente, publicado na quinta-feira (14), revela ainda que 59 suspeitas foram confirmadas para Influenza, das quais 49 de Influenza A (12 de H1N1, duas de H3N3, e 35 não subtipadas), e 10 de Influenza B.

Há um ano, as confirmações da doença não passavam de 23. Dessas, uma por H3N2 em Corumbá, e 22 por H1N1 em Três Lagoas.

Esse mesmo comparativo mostra que as mortes causadas por Influenza também cresceram no Estado.

Até 15 de maio de 2019, eram seis vítimas fatais (uma por H3N2 em Corumbá, quatro por H1N1 em Três Lagoas, e uma por H1N1 em Aquidauana).

Em 2020, oito sul-mato-grossenses tiveram mortes atribuídas à doença até 8 de maio. Três óbitos pela Influenza A H1N1, quatro não subtipados e um por Influenza B.

Na capital do Estado, todas as mortes foram causadas por Influenza. Uma mulher de 89 anos que faleceu em 31 de tinha diabetes, doença renal crônica, doença neurológica crônica e hipertensão arterial sistêmica. Um homem de 82 anos em 24 de março tinha doença cardiovascular crônica. Outro homem de 82 anos em 25 de março tinha doença neurológica crônica e asma. Uma mulher de 41 anos em 8 de abril tinha doença cardiovascular crônica e imunodeficiência. Um homem de 80 anos em 18 de abril tinha doença renal crônica.

Em Corumbá houve uma morte por Influenza A, de mulher de 66 anos que tinha câncer, em 27 de março, e por H1N1, de outra mulher de 66 anos, em 5 de abril, com nenhuma outra comorbidade relatada.

Em Ponta Porã, por Influenza B, morreu um homem de 68 anos em 1 de abril. Ele tinha doença cardiovascular crônica e doença hepática crônica.

MUNICÍPIOS

Das notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave computadas neste ano, a maior parte foi em Campo Grande, 659. Dourados teve 94, e Três Lagoas 63.

Conforme noticiado pelo Dourados News em 30 de abril, dados fornecidos pelo tabelião Luís Alberto Degani de Oliveira, do 2º Cartório de Notas e Registro Civil, mostram que no comparativo entre 1 de março e 28 de abril dos anos de 2019 e de 2020, não houve aumento nos registros de morte referentes a “Pneumonia” (inclusa a broncopneumonia) e “Insuficiência Respiratória” (sem constar insuficiência cardíaca) na maior e mais populosa cidade do interior de Mato Grosso do Sul.

Fonte: Dourados News