Depois de um embate pessoal contra o coronavírus, quando chegou inclusive a ser internado um UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e respirar com a ajuda de aparelho, o novo secretário municipal de Saúde da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, Gecimar Teixeira Júnior, 33 anos, terá agora que enfrentar outro desafio que é impedir o avanço da doença que já matou 38 pessoas em Dourados.
“Ainda tenho que me inteirar melhor da situação da pasta, principalmente em relação as suas questões administrativas e financeiras, mas já recebi carta branca da prefeita para montar minha equipe e ver o que posso fazer nesse curto espaço de tempo, já que tenho apenas cinco meses”, disse o médico.
Gecimar atua na profissão há seis anos e tem no currículo a experiência ter administrado a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Dourados. Ele também foi secretário-adjunto de Saúde durante um período da gestão da assistente social Berenice Machado, que foi exonerada, a pedido, na terça-feira (7).
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Natural de Cuiabá e formado pela UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), Gecimar, que é médico intensivista disse que ser secretário de saúde nunca passou pela sua cabeça e nunca fez parte dos seus planos. “Resolvi encarar esse novo desafio, porque apesar de ser novo na profissão e vir de outra cidade, conto com o apoio da classe médica local”.
Segundo Gecimar, enquanto médico e gestor, “é necessário estar mais perto dos profissionais da área, por que eles são meu termômetro”, ressaltando o trabalho desenhando por tosos os trabalhadores que atuam na linha de frente da rede básica de saúde. “Preciso atuar na gestão enquanto todo”.
A respeito das estratégias em relação ao enfrentamento da pandemia, o novo secretário disse que literalmente sentiu a doença na pele e que a situação requer uma união de esforços entre todos os envolvidos “por que a doença está matando e eu fui um que quase morri por ela e não quero que ninguém passe por isso”.
“Eu saí do hospital já com sangue nos olhos para trabalhar. Veio o convite e aceite, porque eu já sabia que essa doença é terrível, tive paciente que passaram por isso também, mas quando a gente sente na pele, a situação muda né. É algo assustar e a gente tem que fazer alguma. E isso é o mínimo que posso fazer diante do carinho que recebi de muita gente. Tenho uma dívida de gratidão e quero retribuir trabalhando para ajudar a combater esse vírus”, explica o novo secretário.
Fonte: Midiamax