O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, admitiu que Hercy Ayres Rodrigues Filho, chefe de gabinete do ministro Marcelo Álvaro Antônio (Turismo), lhe pediu que empregasse parentes de funcionários subordinados ao titular da pasta na própria fundação
Conhecido por posicionamento racistas, o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, se envolveu em mais uma polêmica, ao admitir que Hercy Ayres Rodrigues Filho, chefe de gabinete do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, lhe pediu “a título de favor” que empregasse dois parentes de funcionários subordinados ao ministro na própria fundação. Camargo afirmou que atenderia a demanda porque precisaria da “ajuda” dos dois.
“O ministro Marcelo Álvaro me pediu um cargo e o chefe de gabinete dele me pediu outro. O Marcelo quer um DAS 2 (Direção e Assessoramento Superior de nível dois) e o Hercy quer um cargo terceirizado”, disse o presidente da Palmares a servidores durante reunião ocorrida no dia 24 de abril, por volta de 13h30. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Na conversa, Camargo afirmou que não havia falado diretamente com Álvaro Antônio, mas com Hercy, de quem ouviu a solicitação. E chamou as indicações de “cargos do ministro” em mais de uma ocasião. “Uma é parente do Hercy, a outra acho que é parente do ministro ou é ente. E tem que manter isso. É chato, mas tem que manter porque eu preciso deles. (…) Eles pediram (as indicações) a título de favor”, disse.
Quando há nomeações de parentes e expectativa de troca de favor ou vantagens políticas entre agentes públicos, o caso pode ser entendido como “nepotismo cruzado” ou indireto.
Fonte: Brasil 247