O consumo de combustível registrou queda de 40% em Dourados desde que a pandemia do novo coronavírus chegou ao município. De acordo com Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul), a gasolina e o etanol são os mais afetados.
Conforme a entidade, a justificativa para a queda no consumo é devido aos decretos de contenção da circulação popular, que incluíram horários de recolher, fechamento escolas, além dos serviço de home-office aderido por muitas empresas.
Em contrapartida, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis mostra um aumento aplicado sobre o preço médio da gasolina. Os dados disponíveis no portal de transparência da ANP mostram que de junho até a presente data do mês de agosto, o custo médio saltou de R$ 4,095 para R$ 4,415.
Na economia, a Lei da Oferta e da Procura prevê que quando há aumento de produto em estoque e baixa procura, os preços tendem a cair. Já quando há aumento da procura em detrimento da disponibilidade de produto, o valor sobe.
Um exemplo recente foi durante a Greve dos Caminhoneiros. Naquele período, devido o fechamento das rodovias, os postos ficaram desabastecidos e a população se preocupou em buscar o que havia disponível. Como consequência, o valor da gasolina chegou a R$ 5 o litro.
Agora, com as pessoas circulando menos, esperava-se que houvesse redução dos preços. No início da pandemia até que houve um alívio no bolso do consumidor, com preços em alguns estabelecimentos a menos de R$ 4, mas logo voltou a subir.
Segundo o Sinpetro, “em julho ocorreram dois aumentos em torno de 10% aos postos, que não foram repassados ao consumidor devido a queda brutal das vendas. Agora, essa elevação está sendo repassada gradativamente conforme entendimento de cada revendedor”.
A diretoria ressaltou que o mercado é totalmente livre, sendo que cada comerciante tem autonomia para aplicar ou não os reajustes.
Fonte: Dourados News