Tudo flutua, indigenista. Trafega, navega a arca entre conversas com pensadores indígenas. Há algo líquido no momento atual. Sem sair de casa, encontro tantos, todos numa rede, como a chuva, uma neblina entre os não índios se dissipa. Conversam livres na Terra redonda, numa mídia índia que nos toca profundamente.
Antropoceno.
Maracá, emergência indígena, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil. Até o carcará, em barranca de areia na curva de rio, questiona, para onde foram as andorinhas?
Entre redes e na rede, finca-se facão, flexiona-se o arco, a flecha leve.
Não invadem, ocupam.
Há culpados, punem os mais fracos. Metem fogo, degradam, punem pelo sistema, suas economias. Resistir é verbo duro. Resisto, no presente, por resistirem eles, no infinitivo, tudo questão de pães e conjugação, um equilibrar-se.
Texto e fotografias por helio carlos mello.