Câmbio e aumento das exportações explicam carestia, que afeta mais famílias mais pobres
Associações do setor de supermercados denunciaram nesta quinta-feira, 3, em cartas públicas, a alta de preço de itens da cesta básica, que ultrapassa 20% no acumulado de 12 meses em produtos como leite, arroz, feijão e óleo de soja.
Segundo a Folha de S. Paulo, as entidades avaliam que a alta, que tem se acelerado no período recente, se deve ao efeito do câmbio sobre o aumento das exportações e diminuição das importações desses itens, além do crescimento da demanda interna impulsionado pelo auxílio emergencial.
“O setor supermercadista tem sofrido forte pressão de aumento nos preços de forma generalizada repassados pelas indústrias e fornecedores. A Associação Brasileira de Supermercados, que representa as 27 associações estaduais afiliadas, vê essa conjuntura com muita preocupação”, escreveu a entidade em nota oficial.
“Reconhecemos o importante papel que o setor agrícola e suas exportações têm desempenhado na economia brasileira. Mas alertamos para o desequilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado interno para evitar transtornos no abastecimento da população, principalmente em momento de pandemia”, completa a entidade.
Fonte: Brasil 247