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Volume de resgates também alcança recorde com R$ 12,95 bilhões, impulsionado por vencimentos e recompras

Em agosto de 2024, o Tesouro Direto registrou o maior volume de investimentos de sua série histórica, somando R$ 8,01 bilhões em novas aplicações. O resultado foi acompanhado por um recorde também nos resgates, que totalizaram R$ 12,95 bilhões, impulsionados por vencimentos de títulos e operações de recompra. O balanço foi divulgado pelo Tesouro Nacional, que destacou o movimento expressivo no mercado de títulos públicos no período.

Segundo o relatório, o total de resgates foi composto por R$ 9,97 bilhões em vencimentos e R$ 2,98 bilhões em recompras, resultando em um resgate líquido de R$ 4,94 bilhões. Este cenário reflete a dinâmica intensa do mercado, em que os investidores buscam alternativas de rentabilidade e segurança, especialmente em um momento de incerteza econômica.

As operações de até R$ 1 mil responderam por 56,4% das transações, evidenciando a participação significativa de pequenos investidores no programa. Já o valor médio por operação ficou em R$ 11.190,66.

Preferência por títulos indexados à inflação – Os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+) foram os mais procurados pelos investidores, com R$ 4,05 bilhões em vendas, correspondendo a 50,6% do total. Em segundo lugar, os títulos atrelados à taxa Selic somaram R$ 3,34 bilhões (41,7%), enquanto os prefixados registraram R$ 622,2 milhões em vendas (7,8%).

Entre as novidades do Tesouro Direto, os títulos Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+ tiveram destaque, com vendas de R$ 191,4 milhões e R$ 123,6 milhões, respectivamente.

Perfil dos resgates e vencimentos – Nas operações de recompra, os títulos indexados à taxa Selic predominaram, representando R$ 1,79 bilhões, ou 60,1% do total. Já os papéis indexados por índices de preços somaram R$ 876 milhões (29,4%), enquanto os prefixados responderam por R$ 313,1 milhões (10,5%).

Em relação ao prazo dos títulos vendidos, a maior parte das aplicações foi destinada a papéis com vencimento entre 1 e 5 anos, que totalizaram 79,6% das vendas. Títulos com vencimento acima de 10 anos representaram 13,6%, e os de 5 a 10 anos, 6,8%.

Crescimento no número de investidores – O Tesouro Direto também registrou um crescimento no número de investidores ativos e cadastrados no programa. Em agosto, 2.664.829 pessoas mantinham saldo em suas aplicações, um aumento de 4.658 investidores em relação ao mês anterior. Já o número de investidores cadastrados chegou a 29.602.068, com um incremento de 303.560 pessoas, um crescimento de 16,2% em comparação ao mesmo mês de 2023.

Estoque do Tesouro Direto – O estoque total de títulos do Tesouro Direto em agosto de 2024 fechou em R$ 141,5 bilhões, uma queda de 2,6% em relação ao mês anterior. Os títulos indexados por índices de preços mantêm a maior fatia, com R$ 68,5 bilhões (48,4%), seguidos pelos atrelados à Selic (R$ 55,2 bilhões ou 39,0%) e os prefixados (R$ 17,8 bilhões ou 12,6%).

Esse desempenho robusto reflete o contínuo interesse dos brasileiros em diversificar suas carteiras, aproveitando as diferentes opções de títulos oferecidos pelo Tesouro Direto.