Cuiabano”, 41 anos, já perdeu as contas de quantas cidades do país já visitou com o “Fumaça”. O gato de estimação é o fiel companheiro do hippie nas viagens para expor sua arte há um ano e dois meses e, agora o acompanha no centro de Dourados, desde a semana passada.
O animal de pelos cinzas, fator motivante para seu nome, e olhos azuis, chama a atenção dos populares e dos clientes ao rondar o dono e suas artes.
Muito amigável, ele aceita carinho de quem se aproximar e seu dono garante: nunca fugiu durante as exposições.
Na rota da dupla, já estiveram praias do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e vários pontos turísticos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Cuiabano destaca que pelo estilo de vida que escolheu, já conheceu a maior parte do país, sendo 24 estados e que pretende levar o gatinho para muitos outros lugares, “vamos rodar muito ainda juntos”, cita.
Um tanto quanto incomum, a ideia de viajar com um gato, não passava pela cabeça de Cuiabano, que sequer tinha animais. Tudo mudou quando Fumaça, foi abandonado com poucos dias de nascido no quintal da casa que o hippie possui no distrito de Piraputanga, em Aquidauana.
Ele conta que sua ex-companheira pediu para ficar com o gato e ele cedeu. Uma semana após o fato, o casal hippie precisava pegar a estrada para voltar a rotina de trabalho e então decidiu que Fumaça também seria viajante.
“Eu disse que não queria um gato, que não tinha como, mas ela me convenceu e logo me apeguei ao bichinho. Ele foi criado na seringa com leite, com todo carinho e quando tivemos que viajar já nem pensava em deixar ele, então ele veio para a estrada”, conta.
O “pai” como ele se intitula para o animal, logo cuidou de dar as vacinas necessárias e fazer diferentes coleiras para o gato.
“Ele é estiloso, sempre tem uma coleirinha diferente, leva também meu trabalho”, comenta.
Logo que “Fumaça” começou a se tornar adulto, ele ficou um pouco rebelde, mas o hippie conta que optou pela castração, que fez diferença neste sentido, procedimento que conseguiu junto a uma ONG (Organização Não Governamental) Animal de Aquidauana.
A dupla também já passou por alguns sustos. O dono conta que em Caarapó, em um momento de desatenção, o gato foi levado por uma adolescente. Minutos depois, ele viu a jovem passar com o animal alguns metros distantes e foi exigir que o devolvesse.
“Me falaram que tinham levado meu gato e fiquei muito mal, mas atento para ver se via ele. Logo percebi uma jovem, como o jeito que tinham me denunciado e ela estava com o Fumaça no colo. Eu pedi que devolvesse, ela disse que achou que não tinha dono, no fim ficou tudo certo”, citou.
Outro momento de alerta, foi o animal não conseguir descer de uma árvore, também em Caarapó.
“Tive que chamar o Corpo de Bombeiros para tirar ele de lá”, explica o hippie.
Inseparáveis também na hora de dormir, o cantinho do bichinho é na barraca que Cuiabano armar em algum ponto da cidade que estiver.
Para o hippie, construir amizades Brasil afora junto com o Fumaça é algo sem preço, bem como colecionar aventuras e conhecer lugares bonitos. A amizade entre os dois, é para ele “a mais sincera que já teve”.
ARTE
Itens que vão de R$ 5 até R$ 150 estão expostos na praça central por Cuiabano. Pulseiras, colares, brincos, braceletes feitos com materiais exóticos como pedras naturais, vértebra de cobra, chifres e dentes de animais, entre outros.
O artista e o companheiro devem ficar em Dourados até o sábado (31).
Abaixo um vídeo da dupla na Chapada dos Guimarães-MT.
Fonte: Dourados news