Em nota, a Associação dos Servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ressalta que a formação acadêmica do militar tenente-coronel da reserva do Exército Jorge Luiz Kormann é incompatível com o cargo

Fachada do edifício sede da agência nacional de vigilância sanitária (ANVISA). 11/11/2020 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A  Associação dos Servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Univisa) criticou, em nota, a indicação do tenente-coronel da reserva do Exército Jorge Luiz Kormann para uma diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os servidores alegam que a formação acadêmica do militar é incompatível com o cargo. A indicação, feita por Jair Bolsonaro, ainda precisa ser avalizada pelo Senado.

 Kormann, que foi indicado para chefiar a diretoria responsável pela avaliação de medicamentos e alimentos, é formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), mestrado em Ciências Militares e teria pós-graduação em administração de empresas e estudos de política e estratégia de gestão, de acordo com reportagem do jornal O Globo

“Dessa forma, entendemos que a indicação realizada não atende às especificidades da Lei nº 9.986/2000 […] pois o indicado à diretoria não possui experiência no campo de atividade da agência reguladora, sendo essa experiência ainda mais relevante quando se considera a diretoria que ficará vaga no mês de dezembro”, destaca trecho da nota da Univisa.

“Tendo em vista a atual crise de saúde mundial, os desafios enfrentados no combate à pandemia de Covid-19 e o papel crucial da Anvisa na avaliação de medicamentos e demais alternativas terapêuticas, a Univisa vê com ressalvas a indicação do senhor Jorge Luiz Kormann”, acrescenta o texto.

Fonte: Brasil 247