Eu fiquei tão impressionado com o filme que à noite eu sonhei que era o Bolsoringa: tinha cabelo verde, usava aquela maquiagem e saía dando tiro por aí, matando quem não gostava de mim.
Por José Roberto Torero*
Diário, ontem, aqui nas minhas férias na Bahia, eu vi o DVD pirata de um filme muito bom: “Coringa”.
Eu fiquei tão impressionado com o filme que à noite eu sonhei que era o Bolsoringa: tinha cabelo verde, usava aquela maquiagem e saía dando tiro por aí, matando quem não gostava de mim.
Também sonhei que usava um lança-chamas e queimava um monte de gente, livros, carros e árvores.
Também sonhei que tinha um monte de gente com máscara de palhaço me seguindo e gritando meu nome.
E no final eu sonhei que voltava para casa e escrevia a mesma coisa que o Coringa escreveu numa carta lá no filme: “O pior de ter uma doença mental é que as pessoas esperam que você se comporte como se não a tivesse.”
A gente sonha cada coisa absurda, Diário…
*José Roberto Torero é autor de livros, como “O Chalaça”, vencedor do Prêmio Jabuti de 1995. Além disso, escreveu roteiros para cinema e tevê, como em Retrato Falado para Rede Globo do Brasil. Também foi colunista de Esportes da Folha de S. Paulo entre 1998 e 2012.
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Fonte: Jornalistas Livres