Antes do anúncio do iPhone 12, a Apple enviou uma pesquisa para alguns usuários perguntando, entre outras coisas, se eles usavam o adaptador USB para tomadas que vinha na caixa do aparelho. Um tempo depois, o smartphone foi lançado sem o item incluso. Agora, um novo questionário quer saber do uso de outro item, ainda mais essencial.
De acordo com o site 9to5Mac, a empresa agora quer a opinião de seus consumidores sobre o Face ID e se usam o cabo USB que vem com todo iPhone. A pesquisa foi enviada a um cliente que comprou o iPhone 12 Pro Max, com perguntas sobre sua experiência de uso.
Mais uma vez, o questionário trazia dúvidas sobre quais itens da caixa do iPhone 12 os consumidores realmente usam, incluindo aí adesivos da Apple, a ferramenta de ejeção do SIM e o cabo USB-C Lightning. Já há algum tempo a empresa vem investindo em tecnologia de carregamento por indução – feita por meio de um dispositivo vendido à parte, o MagSafe.
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De acordo com especialistas em Direito do Consumidor no Brasil, não incluir o adaptador de tomadas é uma coisa – e pode não ferir o Código de Defesa do Consumidor. Mas retirar o cabo USB é outra história, já que sem um carregador por indução, ele é a única forma de permitir a recarga de bateria do celular.
“A prática das empresas de celular de venderem os aparelhos junto com a fonte de energia e acessórios como fones de ouvido é praxe, mas não uma obrigatoriedade de mercado. É possível comercializar o aparelho de telefone apenas com o cabo carregador compatível sem infringir nenhuma lei, mas não é uma prática usual”, explica Marco Antonio Araújo Júnior, advogado e diretor do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Brasilcon).
Sem o cabo USB, o consumidor pode ser ver obrigado a ter que adquirir um novo cabo (se não tiver um antigo em condições de uso) ou um carregador à parte. “Se de alguma forma a empresa causar uma dificuldade ao consumidor, se não for um cabo padrão, pode ir contra o Código de Defesa do Consumidor”, explica do advogado.
![Carregadores de iPhones devem ser oferecidos a clientes, diz Procon](https://olhardigital.com.br/wp-content/uploads/2020/12/Sem-titulo-3-1024x683.jpg)
Reconhecimento facial
O questionário da Apple também pergunta se o usuário não está satisfeito com o Face ID – e se a resposta for não, existem algumas alternativas para explicar os motivos, como “segurança ou privacidade”, “não gosto de ter que pegar meu telefone para usar o Face ID”, “desempenho lento” ou até “ele não detecta meu rosto em todas as situações”.
É possível que a Apple esteja analisando a possibilidade de manter as duas tecnologias, Touch ID e Face ID, nos próximos aparelhos. Embora mais prático, o reconhecimento facial tem suas limitações, que não acontecem no sensor de impressões digitais. Uma realidade atual é, por exemplo, que o Face ID não funciona bem com máscaras.
Via: 9to5Mac