A diretora do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, alertou que é necessário buscar a recuperação econômica e, ao mesmo, a proteção aos pobres. Para ela, o fim prematuro do auxílio emergencial anunciado por Bolsonaro pode significar obstáculos à recuperação econômica e aumentar ainda mais a desigualdade social
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O fim prematuro do auxílio emergencial pode significar obstáculos à recuperação econômica, aumento da desigualdade e fazer com que o Brasil alcance a marca total de 24 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, afirmou Kristalina Georgieva, diretora do FMI (Fundo Monetário Internacional), ao falar sobre o fim do benefício de R$ 300, a partir de janeiro, segundo determinação do presidente Jair Bolsonaro.
A diretora do FMI disse que “cortar essa corda de salvamento” cedo demais pode ser perigoso.
A economista considera que o Brasil tem uma margem limitada para promover a recuperação econômica
As declarações foram dadas durante entrevista aos jornais Folha de S.Paulo, El País (Espanha) e Excélsior (México) nesta terça-feira (15), após evento para debater a crise na América Latina.
A diretora do FMI constata o atraso do Brasil quanto à vacinação da população contra a Covid-19, comparando com outros países da América Latina: “Quando você olha para o grau de preparação para a vacinação, claramente, alguns países da América Latina agiram mais rápido para garantir a vacinação de 100% de sua população, como Chile, Costa Rica e México. Depois, vemos outros um pouco atrás, e isso é uma preocupação para os formuladores de políticas públicas porque, quanto mais rápido pudermos avançar a vacinação em todas as pessoas e lugares, melhor será o resultado da recuperação econômica. Infelizmente, temos que reconhecer que, se a vacinação for retida em algumas partes do mundo, isso trará mais irregularidades na recuperação”. Ela afirma que o Brasil sequer tem ainda não têm um plano de imunização nacional detalhado
Fonte: Brasil 247