Sociólogo Celso Rocha de Barros também reforça que, para os países retomar o crescimento, é necessário “botar gente vacinada na rua para trabalhar e consumir”. “Entretanto, no que depender de Bolsonaro, passaremos a próxima alta das commodities doentes em casa, ou nos matando uns aos outros”
Em coluna publicada no jornal Folha de S.Paulo, o sociólogo Celso Rocha de Barros afirma que o governo Jair Bolsonaro “é o único do mundo que viu o início da vacinação como uma crise, e respondeu como sempre responde a crises: com ameaça de golpe de Estado e aparelhamento”.
De acordo com o colunista, “Bolsonaro não comprou vacinas. Bolsonaro fez campanha contra as vacinas. Bolsonaro torceu contra a ‘vacina chinesa’ e negou uma oferta da Pfizer que já nos teria garantido dois milhões de doses para agora”.
“Para puxar o saco de Trump, Bolsonaro fez com que o Brasil fosse o único país em desenvolvimento que se opôs à Índia em uma discussão sobre patentes de, acredite se quiser, vacinas; agora temos que mendigar vacinas na Índia, e estamos no fim da fila”, continua.
Barros afirma que “os ventos da economia internacional começam a soprar a favor do crescimento”. “Quem vai aproveitar melhor essa maré favorável será quem puder botar gente vacinada na rua para trabalhar e consumir”, diz. “Entretanto, no que depender de Bolsonaro, passaremos a próxima alta das commodities doentes em casa, ou nos matando uns aos outros na sucessão de crises políticas cada vez piores que o presidente contrata diariamente”.
Fonte: Brasil 247