O valor médio do litro da gasolina nos postos de Dourados subiu quase R$ 0,30 em menos de um mês. É possível notar o aumento, diante de levantamentos divulgados pela ANP (Agência Nacional de Petróleo),nesta quarta-feira (25), com dados apresentados entre 24 de janeiro a 20 de fevereiro.

Na recente pesquisa, que teve como base avaliação de preços entre 14 a 20 de fevereiro, o valor médio do produto em Dourados, figura em R$ 5,13.

É possível notar que o combustível sofreu aumentos constantes do preço, visto que na pesquisa da Agência, entre os dias 24 a 30 de janeiro, o valor médio era de R$ 4,86, entre os dias 31 de janeiro a 06 de fevereiro, o valor médio era de R$ 5,01, entre os dias 07 a 13 de fevereiro, o valor médio era de R$ 5,05.

No comparativo com os dados divulgados entre 24 de janeiro a 20 de fevereiro, o aumento no valor médio chega a R$ 0,27. 

Conforme a pesquisa mais recente, o valor mínimo do produto nos estabelecimentos do município é de R$ 4,89 e o máximo de R$ 5,39. No entanto, durante visitas a alguns postos de combustíveis nesta quinta-feira (25), o Dourados News, constatou que o preço é maior em alguns pontos, chegando a R$ 5,45. 

No início da tarde desta quinta-feira (25), o Governo de Mato Grosso do Sul anunciou que garantirá o congelamento da pauta fiscal da gasolina, que é o preço médio ponderado que serve de referência para a cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços).  

A medida foi possível diante de acordo com o Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniências de Mato Grosso do Sul), o que  segundo o órgão vai representar uma economia de R$ 0,15 no preço do combustível, que só em 2020 teve 19 reajustes autorizados pela Petrobras.

Durante reunião com dirigentes do Sinpetro, o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Sérgio Murilo, enfatizou que, como o reajuste de preços dos combustíveis é definido pela Petrobras, caso sejam concedidos novos aumentos, o Governo do Estado não tem margem de manobra para adotar medidas que amenizem o impacto ao consumidor. Num possível cenário de novas autorizações de majoração dos valores, o secretário disse que será necessário haver um diálogo com a direção da Petrobras.

“O que o Estado pode fazer para contribuir para ajudar o consumidor é congelar a pauta fiscal da gasolina, num primeiro momento durante 15 dias, e depois vamos avaliar os reflexos disso para o consumidor”, afirmou Sérgio Murilo.

Segundo ele, o Sinpetro solicitou que a pauta fiscal fosse mantida nos próximos 60 dias, mas essa possibilidade será analisada após a verificação se a medida repercutiu em benefício do cidadão.

O titular da Secretaria de Governo e Gestão Estratégica (Segov), Sérgio Murilo, disse que foi determinado para que o Procon monitore os preços dos combustíveis diante desse congelamento da pauta fiscal da gasolina. O órgão de defesa do consumidor estará apurando também o motivo do consumidor estar pagando mais caro pelo litro do etanol, já que a Petrobras autorizou aumento somente da gasolina e do diesel.

Fonte: DouradosNews