Um novo estudo realizado por cientistas da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, demonstra como a eletricidade pode ajudar na cicatrização de ferimentos ao auxiliar os vasos sanguíneos no transporte de oxigênio para os glóbulos brancos.
Segundo os pesquisadores, a estimulação elétrica aumenta a permeabilidade entre um vaso e outro, fornecendo uma nova interpretação sobre como funciona o crescimento dos vasos.
A permeabilidade é uma característica importante, já que ajuda as substâncias que agem na cicatrização de ferimentos no sangue a atingirem as lesões com maior eficiência.
“Havia essa especulação de que os vasos sanguíneos poderiam crescer melhor se você os estimulasse eletricamente”, disse Shaurya Prakash, professora da Universidade de Ohio e uma das autoras do estudo.
“Descobrimos que a resposta das células em nossos modelos de vasos sanguíneos mostra uma promessa significativa para mudar a permeabilidade dos vasos”, declarou a pesquisadora. “Isso pode ter resultados positivos para o nosso trabalho contínuo na cicatrização de ferimentos”.
Papel dos vasos sanguíneos na cicatrização
Os vasos sanguíneos têm um papel crucial na cicatrização de ferimentos, já que eles estão em todo o corpo e possuem a função de transportar nutrientes que podem ajudar a controlar inflamações causadas por uma lesão.
Na prática, quando uma pessoa se corta, por exemplo, a arquitetura dos vasos sanguíneos é interrompida naquele local, o que os impede de ajudar na cicatrização daquele ferimento.
Os vasos sanguíneos voltam a crescer por conta própria depois de algum tempo, algo que faz parte do processo natural de cura de um machucado.
“À medida que os vasos sanguíneos começam a crescer, eles reabastecem a pele e as células e estabelecem uma barreira de cura novamente”, declarou Prakash.
E é aí que entra o papel da eletricidade, sem estímulos externos, este processo é mais vagaroso. Nos testes em laboratório, a estimulação elétrica demonstrou um aumento na permeabilidade dos vasos, que é uma marca do crescimento de novos vasos.
Futuramente, esta tecnologia pode ser inserida, por exemplo, em adesivos curativos. “As descobertas iniciais são empolgantes, e a próxima fase do trabalho exigirá que estudemos se e como podemos realmente cultivar novos vasos”, disse Prakash”
Via: Medical Xpress