O médico cardiologista Marcelo Queiroga, indicado para ser o novo ministro da Saúde, e o atual ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, falam à imprensa no Ministério da Saúde.

Na mesma reunião, diretor da Opas disse que óbitos no Brasil eram “evitáveis”

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou em reunião com a cúpula da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Genebra, nesta sexta-feira (30), que a prioridade do Brasil no combate ao coronavírus é a vacinação. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro defende o imunizante “de maneira reiterada”. Na reunião, o ministro omitiu a informação de que mais de 400 mil pessoas já morreram pela doença no país.

“A prioridade número um no Brasil é a campanha de vacinação. O presidente da República, de maneira reiterada, já falou acerca da importância da vacinação, em cadeira nacional de televisão”, afirmou Queiroga na reunião. Bolsonaro, no entanto, já se posicionou publicamente contra a imunização e disse que não tomaria a vacina contra a doença, desincentivando a população.

Queiroga ainda fez um apelo para que países com doses extras da vacina contra a Covid-19 enviem os imunizantes que estão sobrando ao Brasil. “Apelo para aqueles países com doses extras que compartilhem essas vacinas com o Brasil de modo a conter a fase crítica da pandemia e evitar a proliferação de novas variantes”, afirmou o ministro.

Na mesma reunião, foi perguntado se as mortes por Covid-19 no Brasil eram evitáveis. O diretor de incidentes da Organização Panamericana de Saúde (Opas), Sylvian Aldighieri, respondeu que sim. “Em todos os países da América, América Central, América do Sul, onde houve um relaxamento das medidas de saúde pública, houve um aumento de casos e mortes que poderia ter sido evitado”, disse.

O trecho da fala do diretor e de Marcelo Queiroga foi compartilhado nas redes sociais pelo jornalista Sam Pancher. Confira:

Fonte: Revista Fórum