Jair Bolsonaro, general Paulo Sérgio comandante do Exército e Eduardo Pazuello (Foto: Agência Brasil)

Para integrantes do alto escalão das Forças Armadas, a decisão do Exército de não punir Pazuello abre perigoso precedente, pois coloca a disciplina e a hierarquia militares em risco

Oficiais das Forças Armadas opinam que a decisão do Exército de não punir o general Eduardo Pazuello, apesar de ele ter transgredido o regulamento da força terrestre ao participar de ato político com Jair Bolsonaro, gera desgaste também para a Marinha e a Aeronáutica.

Integrantes de altas patentes dessas duas outras forças, como brigadeiros e oficiais da Marinha, dizem que se cria um precedente perigoso que põe em risco a disciplina e a hierarquia no conjunto das Forças Armadas, informa oPainel da Folha de S.Paulo. 

O Exército divulgou nesta quinta-feira (3) comunicado informando que o comandante da força, general Paulo Sérgio Oliveira, decidiu não punir o ex-ministro da Saúde e general Eduardo Pazuello por sua participação em ato político a favor de Jair Bolsonaro em 23 de maio, destacou nesta quinta-feira (3) o Brasil 247 em seu noticiário.

“Acerca da participação do General de Divisão Eduardo Pazuello em evento realizado na Cidade do Rio de Janeiro, no dia 23 de maio de 2021, o Centro de Comunicação Social do Exército informa que o Comandante do Exército analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo referido oficial-general. Desta forma, não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar por parte do General Pazuello. Em consequência, arquivou-se o procedimento administrativo que havia sido instaurado”, diz a nota do Exército. 

Fonte: Brasil 247