Edilson Rodrigues/Agência Senado

O comando da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia soltou nota oficial na noite de quarta-feira (2) após o pronunciamento do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Ele afirmou em rede nacional de rádio e televisão que todos os brasileiros que desejarem serão vacinados até o fim do ano contra a covid-19.

Para vários integrantes da CPI, o anúncio veio com “atraso fatal e doloroso”.

NOTA PÚBLICA

A inflexão do Presidente da República celebrando vacinas contra a Covid-19 vem com um atraso fatal e doloroso.

O Brasil esperava esse tom em 24 de março de 2020, quando inaugurou-se o negacionismo minimizando a doença, qualificando-a de ‘gripezinha’. Um atraso de 432 dias e a morte de quase 470 mil brasileiros, desumano e indefensável.

A fala deveria ser materializada na aceitação das vacinas do Butantan e da Pfizer no meio do ano passado, quando o governo deixou de comprar 130 milhões de doses, suficientes para metade da população brasileira.

Optou-se por desqualificar vacinas, sabotar a ciência, estimular aglomerações, conspirar contra o isolamento e prescrever medicamentos ineficazes para a Covid-19.

A reação é consequência do trabalho desta CPI e da pressão da sociedade brasileira que ocupou as ruas contra o obscurantismo. Embora sinalize com recuo no negacionismo, esse reposicionamento vem tarde demais.

A CPI volta a lamentar a perda de tantas vidas e dores que poderiam ter sido evitadas.

Omar Aziz- Presidente CPI Randolfe Rodrigues – Vice Presidente CPI Renan Calheiros – Relator

Em apoio membros efetivos:

Tasso Jereissati Otto Alencar Humberto Costa Eduardo Braga

Suplentes:

Alessandro Vieira Rogério Carvalho

Fonte: Dourados Agora