Os mexicanos foram às urnas neste domingo (6) para formar uma nova composição para a Câmara dos Deputados, além de escolher governadores e legisladores locais, em uma decisão vista como um referendo sobre as políticas e iniciativas do presidente Andrés Manuel López Obrador para agitar as instituições do país.
Todas as vagas na Câmara, 15 governos estaduais e milhares de posições de liderança locais poderão ser escolhidas por aproximadamente 93,5 milhões de eleitores mexicanos.
As eleições foram marcadas pela pandemia de covid-19 e pelo andamento do programa de vacinação, assim como por registros de violência criminosa, com a consultoria de Segurança Etellekt dizendo que 91 políticos foram assassinados neste ciclo eleitoral.
Desde sua chegada ao poder em 2018 com uma vitória expressiva, López Obrador expandiu o papel do Estado no setor energético e cortou radicalmente o custo do governo para disponibilizar recursos aos pobres e para seus projetos prioritários de infraestrutura.
No processo, Obrador desgastou o equilíbrio institucional e criticou frequentemente entidades autônomas, incluindo o Banco do México, levando críticos a soar o alarme sobre uma potencial perigosa centralização do poder.
Embora alguns eleitores critiquem seu governo nas áreas de criação de emprego e combate ao crime, a maioria deles está mais cética em relação aos governantes anteriores, que agora estão na oposição. López Obrador também se beneficiou da campanha de imunização do país.
Pesquisas recentes sugerem que seu partido Movimento de Regeneração Nacional (Morena; em espanhol) pode perder alguns de seus atuais 253 assentos na Câmara, mas ainda é provável que retenha a maioria com a ajuda dos partidos verdes e trabalhistas aliados. Não haverá eleições para o Senado.
O apoio reflete em parte o descontentamento com os partidos mais antigos. Para permanecer no topo a longo prazo, Morena deve melhorar seu histórico na economia, dizem funcionários, legisladores e eleitores.
Fonte: Agência Brasil