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São Paulo – O Brasil registrou 1.648 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. Com o acréscimo, são 528.540 vítimas do vírus desde o início da pandemia, em março de 2020. Enquanto isso, o mundo superou a marca de 4 milhões de mortes. A Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, argumenta que os números sofrem de subnotificação. Em relação ao número de novos casos no Brasil, foram 54.022 no período, totalizando 18.909.037.

Números de caso e mortes por covid-19 no Brasil. Fonte: Conass

Desde o fim de junho, as curvas de casos e mortes pela doença estão em recuo no país, resultado do avanço, ainda que tardio, da vacinação. O Imperial College de Londres informou que a taxa de contágio no país também segue tendência de recuo. Na última semana, o índice chamado RT estava em 0,98 e, nesta semana, 0,91. Na prática, isso significa que cada 100 pessoas contaminadas transmitem a covid-19 para 91.

Embora os dados apontem para um cenário positivo, a OMS alertou que o momento é de “alerta máximo”. O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom, subiu o tom crítico contra países que estão abrindo mão dos cuidados com o vírus, em especial com medidas de isolamento social. “Alguns países estão pensando em dar a terceira dose da vacina e derrubar as medidas de proteção como se a pandemia tivesse acabado. Porém, com as variantes se movendo rapidamente, e a desigualdade na distribuição das vacinas, algumas áreas estão experimentando um aumento agudo nos casos”, disse em coletiva concedida hoje.

Cautela

Mesmo com o recuo, o Brasil segue como ponto de atenção do mundo, epicentro da covid-19. Dados da OMS apontam que o país tem a maior média diária de mortes por covid-19 na atualidade, 1.574, seguido por Índia, com 806 e Rússia, com 658. “As variantes estão ganhando a corrida contra as vacinas por causa da distribuição desigual dos imunizantes. Não era para ser assim, e está na hora de os países se unirem para lutar contra a pandemia coletivamente”, disse Tedros.

Com 107 milhões de doses aplicadas, 14% dos brasileiros estão totalmente imunizados com duas doses e 40% receberam a primeira etapa da vacina. O ritmo é lento e insuficiente para controlar totalmente a pandemia no país, o que preocupa a OMS. “Nesse estágio da pandemia, o fato que milhões de profissionais de saúde e idosos ainda não foram vacinados é abominável. Não temos imunizantes nem cobertura vacinal suficiente, e não sabemos com certeza se as vacinas protegem contra a possibilidade de ser infectado ou evitam a transmissão”, completou Tedros.


RBA utiliza informações do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Eventualmente, elas podem divergir do informado pelo consórcio da imprensa comercial. Isso em função do horário em que os dados são repassados pelos estados. As divergências, para mais ou para menos, são sempre ajustadas após a atualização dos dados.

Fonte: RBA