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Internado com covid-19 desde o dia 27 de junho no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, Rogério Sebastião Rodrigues Alves, de 33 anos, agora trata também de uma infecção causada por superbactéria, contraída dentro do hospital. De quebra, o Regional não tem a medicação indicada contra a doença.

Segundo relato feito à reportagem, o hospital pediu que a família do paciente compre o antibiótico. Mas, além de não ser encontrado facilmente no varejo, a Polimixina B custa caro.

Familiares do paciente alegam que cada ampola não sai por menos de R$ 250,00. Rodrigues Alves precisa de 56 delas, o que soma uma despesa de R$ 14 mil.

A reportagem procurou SES (Secretaria de Estado de Saúde) e HRMS, via assessoria de imprensa, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

Surto de superbactérias matou 32 pacientes do HRMS em 2003

O HRMS já passou por surto e até mortes causadas por bactérias super-resistentes. A infecção é tratada com o medicamento em falta na casa de saúde. 

Em 2003, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) fez um levantamento e confirmou 32 mortes de pacientes do hospital causadas por superbactéria. Naquele ano, os organismos foram encontrados em lavatórios das UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), na enfermaria, na pia em que os medicamentos eram preparados no 6º andar do HRMS e também na porta das UTIs adulto.

O MPMS (Ministério Público Estadual) abriu investigação sobre o caso, mas ninguém chegou a ser punido pelas mortes.

A Polimixina B é um tipo de antibiótico considerado essencial para pacientes em tratamento intensivo e internados em longo prazo. O medicamento é administrado quando outras drogas já não dão conta de combater a infecção por bactérias super-resistentes.

O governo do Estado tem contrato vigente com a Opem Representação Importadora Exportadora e Distribuidora, no valor de R$ 606,9 mil, para fornecimento de Polimixina B. O vínculo deve atender exclusivamente o HRMS.

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Fonte: midiamax