Vai se criando um clima terrível entre Estados Unidos e Rússia em relação ao incidente com o módulo espacial Nauka, que deixou a Estação Espacial Internacional (ISS) fora de controle no momento da acoplagem do módulo no final do mês passado. Desta vez, os russos alegaram que o incidente teria acontecido por conta de uma sabotagem da astronauta Serena Auñón-Chancellor.
As acusações foram feitas pela agência de notícias estatal russa, que sem apresentar provas, disse que Auñón-Chancellor teria sido acometida por um colapso mental nas dependências da ISS e causado danos ao módulo espacial russo. Uma representante da Nasa, porém, rapidamente saiu em defesa de sua astronauta e negou todas as acusações de forma veemente por meio de uma postagem no Twitter.
Uma representante da agência espacial disse que todos os astronautas da Nasa, incluindo Serena Auñón-Chancellor, são extremamente respeitados, servem aos EUA e fazem contribuições inestimáveis para a agência com seu trabalho. A mensagem foi redigida pela administradora associada do Diretório de Missão de Exploração e Operações Humanas da Nasa, Kathy Leuders.
Plena confiança
Leuders também disse que a agência apoia Serena e sua conduta profissional, além de não acreditar que possa haver qualquer credibilidade nas acusações feitas pela agência estatal russa. A mensagem de Kathy Leuders foi compartilhada pelo chefe da Nasa, Bill Nelson, que acrescentou que concordava com a declaração, apoiava Serena e estaria sempre ao lado de todos os astronautas da Nasa.
A imprensa dos Estados Unidos tem tratado as denúncias contra Auñón-Chancellor como uma “campanha bizarra de difamação”. Na última quinta-feira (12), a agência de notícias TAAS afirmou que a astronauta experimentou uma crise psicológica aguda provocada por uma trombose venosa profunda, que a fez fazer furos na parede do módulo para permitir que ela fosse para casa mais cedo.
Porém, a acusação não teve nenhum suporte em provas, segundo a TAAS, a informação teria sido passada por uma fonte anônima dentro da Roscosmos. Ainda não há uma conclusão sobre o que causou o acidente com o Nauka, mas a principal suspeita é de que o módulo foi vítima de uma falha de software que era evitável.
Fonte: Olhar Digital