Na terça-feira (26), o Facebook anunciou que irá inserir rótulos em postagens sobre eleições com redirecionamento de usuários para a página da Justiça Eleitoral na internet. Isso vale também para o Instagram e a mudança faz parte de um esforço junto com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater desinformação.

“A integridade das eleições é uma prioridade para nós e temos trabalhado nos últimos anos com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no Brasil para proteger o processo democrático, identificando e agindo contra ameaças e ajudando as pessoas a terem acesso a informações confiáveis sobre a votação. Como parte do nosso trabalho com o TSE para a eleição presidencial de 2022, iremos direcionar as pessoas usando o Facebook e o Instagram no Brasil para informações oficiais sobre o sistema de votação e artigos rebatendo desinformação sobre o processo eleitoral”, informou o comunicado.

De acordo com a plataforma, as pessoas no Brasil começarão a ver um rótulo em postagens nos aplicativos que tratam de eleições e serão direcionados a uma página do site da Justiça Eleitoral. Isso porque desde 2016, o número de funcionários que atuam na área de segurança e integridade das plataformas foi quadruplicado, passando para mais de 40 mil pessoas. A empresa disse que as redes sociais atuaram durante as eleições municipais de 2020, estabelecendo regras de transparência da publicidade de candidatos. 

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Imagem: Cristian Dina (Pixels)

“Removemos mais de 140 mil peças de conteúdo do Facebook e do Instagram no Brasil pela violação de nossas políticas de interferência na votação antes do primeiro turno da eleição e cerca de 3 milhões de pessoas com mais de 16 anos elegíveis ao voto no país clicaram para ver mais informações sobre a eleição nos dias que antecederam a votação. Em 2018, lançamos no Brasil nossas ferramentas de transparência para propaganda política e eleitoral e, desde 2020, qualquer pessoa ou organização precisa passar por um processo de autorização confirmando identidade e endereço no país para veicular anúncios sobre esses temas. Desde então, anúncios sobre política ou eleições ficam armazenados publicamente na nossa Biblioteca de Anúncios por um período de sete anos”, continuou o comunicado. 

Uma curiosidade é que durante a campanha eleitoral de 2020 foram rejeitados cerca de 250 mil anúncios sobre política ou eleições que não continham o rótulo “Propaganda Eleitoral” ou “Pago por” direcionados a pessoas no Brasil, os chamados conteúdos impulsionados.

Além disso, o WhatsApp – outra rede social pertencente ao Facebook – já havia lançado em parceria com o TSE, um chatbot para ajudar na circulação de dados oficiais sobre o processo eleitoral e a votação.

Fonte: Agência Brasil