Em reunião realizada na noite desta quinta-feira, 18/11, os policiais militares e bombeiros militares ligados a Associação de Cabos de Soldados (ACS), Regional Dourados, se disseram insatisfeitos com a proposta de reestrutura da carreira apresentada pelo Governo do Estado e que está para apreciação e votação pela Assembleia Legislativa.
De acordo com a ACS/Dourados, foram postos na reestruturação mais malefícios do que benefícios aos militares. Segundo Diretor da entidade, CB PM Jander Espindola, a tão sonhada reestrutura acabou se tornando um pesadelo.
“Foi o famoso dá com uma mão e tira com a outra. Só que no nosso caso a mão que tirou era bem maior. Como podemos falar que estamos reestruturando a carreira dos militares se na verdade a proposta está atrapalhando a progressão dos servidores?! Hoje um soldado, com mais de 6 anos de serviço, que já conquistou o direito ao adicional de função terá um aumento real de pouco mais de R$ 100 em seus vencimentos e quando for promovida à cabo terá seu interstício aumentado para a promoção à 3° sargento, ficando mais tempo na graduação de cabo” enfatizou Espindola.
Entre outros questionamentos esta o concurso interno. Ampla maioria dos policiais são contra esta forma de promoção. A proposta apresenta ainda outros pontos negativos ao PMs e BMs, com o fim do quinquênio, que passa a ser decênio, além do aumento do tempo que hoje um soldado demorará para chegar a graduação de 3° Sargento.
“Num passado não tão distante tivemos vários policiais que ficaram por anos na mesma graduação, justamente por conta do concurso interno. Com a nova regra apresentada pelo Governo, um soldado que demoraria 10 anos para chegar a promoção de 3° sargento, hoje teve esse tempo aumentado para 14 anos. Na mudança de quinquênio para decênio haverá um perda de 14% ao fim da carreira do PM e BM do Estado”, salientou o diretor.
Com relação aos vencimentos, Espindola disse que ficou muito a quem do esperado. “Estamos a praticamente 7 anos sem nenhum aumento real. Não tivemos nem mesmo reposição inflacionária nesse período. Aguardávamos que fossemos reconhecidos e valorizados pelo Governo do Estado e esperamos agora que os Deputados Estaduais nos escutem e lutem pela nossa classe, já que o Governo do Estado nos ignorou esse tempo todo”, concluiu Espindola.
Fonte: Dourados Agora