Arquivo/Midiamax

As viagens de fim de ano e também preocupações relacionadas a nova cepa da Covid-19, atreladas ao aumento de casos da H3N2, aumentaram a preocupação dos campo-grandenses. Consequentemente, o número de testes de covid realizados na Capital dobrou, com aumento de 100% nas últimas semanas, de acordo com levantamento da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Ao Jornal Midiamax, a pasta informou que, antes de dezembro, eram realizados, em média, de 150 a 200 coletas de material biológico por dia em Campo Grande. Contudo,esse número cresceu significativamente nas últimas semanas, chegando a 300 exames diários – a secretaria não especificou o período da realização dos testes com exatidão.

O aumento de testes também está relacionado à ampliação de locais de testagem, como as barreiras sanitárias instaladas no Aeroporto Internacional de Campo Grande e também no Terminal Rodoviário da cidade, iniciados logo após a variante ômicron se tornar o mais novo ponto de atenção na pandemia do novo coronavírus.

Quem pode se testar, e onde

O município de Campo Grande disponibiliza testes gratuitos para a população em todas as 72 unidades de Saúde. Ainda segundo a Sesau, podem realizar o exame pessoas que possuem sintomas respiratórios (que estejam entre o 1º e o 8º dia de sintomas) ou que tiveram contato com pacientes confirmados.

Além das unidades de saúde, a população pode recorrer ao Centro de Testagem da Prefeitura (Rua Barão do Rio Branco, 1.811), das 7h30 às 17h30 diariamente. Para realizar o teste é necessário a apresentação de documento com foto.

A secretaria explicou, por meio de nota, que os testes não são recomendados para pacientes assintomáticos, ou seja, que não apresentam sintomas da doença, pois pode ocasionar uma incongruência no resultado. “Esse é o protocolo adotado pelo Ministério da Saúde”, trouxe a nota. Posterioremente, a reportagem questionou se o teste pode ser negado para assintomáticos e a resposta foi de que os profissionais não podem se negar de realizar o teste.

Preocupação com ‘Flurona’

As autoridades de Saúde de Mato Grosso do Sul preparam medidas de combate à Flurona, entre elas o aumento de testes. Flurona é a infecção simultânea da Covid-19 e o vírus Influenza, ou seja, quando o paciente é contaminado pelas duas doenças ao mesmo tempo.

“Estamos em alerta com esses casos e vamos agora fazer o rastreamento das duas doenças, fazendo a imunização tanto da Covid quanto da Influenza. Quanto mais vacinados menos casos concomitantes teremos, como já está ocorrendo em outros países. Faremos testagens, quanto mais melhor e precisamos contar com o apoio da população, que ainda está arredia quanto à imunização e testagem”, afirmou ao Jornal Midiamax o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende.

No caso de Campo Grande, a Secretaria Municipal de Saúde ressaltou que, até o momento, não há nenhum registro de paciente infectado com Covid-19 e Influenza em simultâneo.

Enquanto a contaminação simultânea é tratada com cautela. As recomendações das autoridades são para que as pessoas mantenham as medidas de higiene e proteção. De acordo com o Coronel Marcello Fraiha, assessor militar da SES (Secretaria de Estado de Saúde), por se tratarem de síndromes gripais, as orientações contra a Covid e Influenza são as mesmas. Dessa forma, devem ser mantidos os seguintes cuidados:

  • Lavar frequentemente as mãos com água e sabão;
  • Evitar frequentar locais públicos, fechados e com muita gente;
  • Cobrir com a dobra do braço a boca e nariz sempre que precisar tossir ou espirrar;
  • Evitar tocar os olhos, nariz e boca;
  • Evitar compartilhar objetos pessoais que possam estar em contato com gotículas de saliva ou secreções respiratórias, como talheres, copos e escovas de dentes;
  • Manter os ambientes fechados bem arejados, abrindo a janela para permitir a circulação de ar;
  • A vacinação em ambos os casos é essencial, as quais estão à disposição da população nos 79 municípios do Estado.
  • Fonte: midiamax