Alertando tanto as autoridades de saúde como as pessoas, a variante Ômicron está se espalhando de maneira rápida e causando uma grande de Covid-19, com explosão de casos. Com alguns exemplos de infecções em outros países, está sendo possível entender que o pico ocorre entre quatro e seis semanas, com aumento no número de infecções até atingir o pico, e depois, ocorre uma queda acentuada.

Se o Brasil seguir esse padrão, em duas ou três semanas já atingiria o pico e, depois, entraria em queda. Por exemplo, a África do Sul, após atingir o auge em 17 de dezembro, com o total 23 mil casos, o número começou a cair e o menor índice chegou a 4.636. 

Outro exemplo é o Reino Unido que já consolidou a mesma curva, junto com Canadá, Austrália e cidades populosas dos Estados Unidos, como Nova York. De acordo com o infectologista, o professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Julio Croda, o padrão na curva dos outros países acontece da seguinte forma: subida por cerca de cinco semanas e, depois, queda.

“Vamos observar essa curva aqui e o estado onde isso será visto precocemente é São Paulo, que teve os primeiros casos. No entanto, como teve réveillon e férias, houve uma sincronização entre as regiões. É um tsunami que vem e vai muito rapidamente”, explicou. Para ele, se for considerado a semana entre Natal e Ano Novo como início da curva epidemiológica, o pico começaria em fevereiro para depois começar a queda.

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Outros fatores regionais podem interferir na curva, como o fim das férias, volta às aulas e Carnaval.  “Vejo que alguns países caem mais rápido que outros. O ‘Vaccines-plus’ é uma sequência de orientações dadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no fim de 2021. Os países que adotam testagem maciça e autoisolamento, em duas semanas têm 30% de queda de casos”, afirmou o infectologista Filipe da Veiga sobre as formas de garantir uma queda mais acentuada no número de casos.

Sendo assim, para o médico, não dá para relaxar, tanto que a OMS evita a falsa sensação de que está tudo bem antes da hora. O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que ainda há muito o que acontecer: “Esta pandemia está longe de terminar, e dado o incrível crescimento da Ômicron em todo o mundo, é provável que surjam novas variantes.”

Fonte: O Globo

Fonte: Olhar Digital