O dono do arsenal apreendido na última sexta-feira (11), em Campo Grande, no bairro Vila Vilas Boas foi transferido para um presídio na Capital. O fazendeiro de 43 anos, estava com arsenal avaliado em R$ 150 mil.

Informações passadas para o Jornal Midiamax são de que, o fazendeiro se apresentou junto de seu advogado nessa segunda-feira (14), na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), e já foi transferido para um presídio na cidade. 

Em 2021, ele já havia sido denunciado por ameaça e injúria contra uma funcionária. Conforme o registro policial feito no ano passado, a mulher trabalhava como empregada doméstica na casa do autor, há dois meses. Ela procurou a delegacia e o denunciou, alegando que o homem era muito autoritário e a mandava ‘calar a boca’.

Segundo a funcionária, o suspeito já teria dito para ela: “Quando o patrão fala, o empregado tem que calar a boca, porque e ele está dando uma ordem”. Em certa ocasião, ela chegou à casa do patrão com salgados, colocou na mesa e começou a comer.

Ela chegou a oferecer os salgados para o suspeito, que respondeu em tom ameaçador: “Sai da minha casa, você não vai ficar fazendo eu passar raiva, sai de casa agora”, ainda xingando a mulher. O suspeito ainda estendeu o dedo, fazendo novamente a ameaça.

Armamento apreendido

Na noite de sexta-feira, Polícia Militar foi acionada para uma ocorrência de violência doméstica, no Vilas Boas. O suspeito fugiu da casa, mas foram encontradas várias armas de fogo, avaliadas em R$ 150 mil. Foram apreendidos fuzil, espingardas, pistolas, carabinas e revólveres de vários calibres.

Os policiais também apreenderam aproximadamente 2.500 munições. A mulher, de 32 anos, relatou que foi agredida pelo suspeito, que fugiu do local antes da polícia chegar. A vítima tinha vários hematomas pelo corpo.

Segundo a Polícia Civil, o autor fazia ameaças de tirar os filhos da vítima, caso ela optasse pela separação. A princípio, a polícia acredita que o suspeito supostamente seria um colecionador de armas, mas os fatos seguem em investigação. O caso foi registrado como violência psicológica, lesão corporal, posse ilegal de arma de fogo e posse de arma de fogo de uso restrito.