Trabalhadores da Educação estão no terceiro dia de greve em Dourados após as tentativas de negociação com o município não terem resultado satisfatório. Amanhã (17) eles voltam a se reunir com prefeito Alan Guedes para tentar um novo acordo.
A decisão da greve foi tomada pela ausência de propostas por parte do prefeito Alan Guedes (PP) para reposição salarial do Piso Nacional do Magistério, de 33,24%, e reposição inflacionária de 10,06% para o administrativo educacional. Além disso, a categoria cobra o direito a percentuais que não foram implementados desde o ano de 2017, com defasagem salarial que chega a 60%.
Conforme o presidente do Simted, Thiago Coelho, o prefeito não tem participado das reuniões e a secretaria municipal de Governo apresentou uma proposta que a categoria considera irrisória, de apenas 5% linear para todo o funcionalismo municipal.
Ainda conforme a categoria, após inúmeras solicitações para que o governo municipal apresentasse uma proposta de retomada do Piso para 20 horas do magistério e uma política de valorização séria para o administrativo da educação, a gestão desmarcou a última reunião agendada e não avançou nas negociações.
A Prefeitura de Dourados, conforme o Simted, não paga e se distancia cada vez mais da implementação do Piso para 20 horas, que é uma luta histórica da educação no Brasil. O Piso Nacional dos professores da educação básica foi criado pela Lei nº 11.738/2008. O valor do Piso é aplicado para docentes de nível médio na modalidade normal com carga horária semanal de até 40 horas. O valor do Piso para 2022 é de R$ 3.845,63. Hoje, a Prefeitura de Dourados paga ao profissional nível médio modalidade normal 1.617,73 por 20 horas, valor abaixo do Piso Nacional estabelecido por lei.
Fonte: Dourados Agora