Em manifestação na sessão desta quarta-feira (16) da Assembleia Legislativa, o deputado Barbosinha se solidarizou com os professores e trabalhadores da Educação que entraram no terceiro dia de greve contra a recusa do prefeito Alan Guedes em cumprir o Piso Salarial Nacional, que estima reposição salarial de 33,24% nos salários.


Ele chamou de ‘tragédia anunciada’ o retrato atual dessa mobilização depois que o então candidato, hoje prefeito eleito, assinou a carta-compromisso oferecida pelo sindicato da categoria no último debate da campanha eleitoral para a Prefeitura de Dourados, em setembro de 2020. 


“O candidato e hoje prefeito, Alan Guedes, foi o primeiro a assinar o documento apresentado pelo Simted, se comprometendo com todos os itens reivindicados pela categoria, inclusive o da valorização profissional e salarial e eu fui, na época, violentamente criticado por não assinar a carta no dia do debate; levei para analisar e refletir sobre o que se pedia e no dia seguinte devolvi o documento assinado para o Simted”, relembrou Barbosinha.

O deputado douradense reiterou que já alertava naquele debate, aos demais candidatos que disputaram a eleição de prefeito, que “não basta sair por aí assinando papéis, de forma demagógica, sem o mínimo de compromisso e responsabilidade e o resultado é o que vemos hoje: uma categoria que foi usada, de forma oportunista e eleitoreira, e a família douradense mais uma vez sendo sacrificada, com os transtornos de uma greve que poderia ter sido evitada se a Administração Municipal tivesse o mínimo de planejamento e uma política de gestão para com os trabalhadores da Educação”.


“A realidade exige preparo, conhecimento, programação financeira e, mais do que tudo, experiência administrativa e seriedade política”, advertiu Barbosinha durante a sessão, reiterando o apoio à greve dos educadores, “por um direito justo”, assegurado na carta-compromisso da qual o atual prefeito foi o primeiro a assinar e estabelecido pelo presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com Barbosinha, “não bastasse o caos na Saúde, onde falta quase tudo, de insumos básicos a pagamento de salários dos profissionais que cuidam de vidas humanas”, Dourados vive mais um retrato melancólico, “em meio à escuridão, o matagal que toma conta da cidade e aos buracos, o que podemos chamar de uma verdadeira tragédia anunciada”.

 
“Minha solidariedade aos professores, aos pais de alunos e sobretudo aos nossos estudantes. Uma política eficiente de gestão para a Educação deve ser feita e o que espero, sinceramente, é que as partes cheguem a bom termo e que Dourados possa, enfim, encontrar um pouco de tranquilidade para que possamos vislumbrar a esperança em um futuro menos turbulento”, concluiu.