Elias Ishy apresentou cobranças ao prefeito sobre a educação durante 7ª Sessão Ordinária
“A educação pede socorro e ainda querem multá-los”, disse o vereador Elias Ishy (PT) durante a 7ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Dourados, realizada na segunda-feira (21). A sessão foi marcada pelas cobranças do vereador direcionadas ao prefeito Alan Guedes (PP), intervindo pela educação do município.
Ishy afirmou que ao invés de responder com diálogo a categoria, a administração respondeu com uma ação na Justiça na tentativa de impedir o movimento dos trabalhadores e das trabalhadoras da educação municipal.
“A educação pede socorro e ainda querem multá-los, apesar do prefeito dizer em fevereiro que o município estava preparado do ponto de vista fiscal e financeiro para atender a Lei do Piso”, afirmou. Segundo ele, vários servidores passam por dificuldades financeiras e durante a pandemia, esses profissionais mantiveram as atividades com recursos próprios, como celular, computador, internet, além da sobrecarga de trabalho – com relação a ensino remoto – e nenhum curso de formação continuada. Há ainda salários congelados desde o ano de 2017.
O movimento da educação chegou até a Casa de Leis com os trabalhadores mobilizados em protesto e o vereador cedeu o próprio espaço da tribuna livre para exibição em telão da fala do presidente do Simted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação), Thiago Coelho. “Quem melhor pode falar pelos professores e administrativos é o sindicato”. Coelho apresentou no vídeo a atual conjuntura da paralisação, reafirmando a posição da categoria de reajuste para o administrativo de 10.39% para abril e do piso de 33.24%.
Isshy destaca que, no início do mês, solicitou uma reunião com urgência com a gestão municipal, por meio da Comissão Permanente de Educação da Câmara, da qual é presidente. A solicitação foi feita juntamente com os demais membros, os vereadores Mauricio Lemes (PSB) e Sergio Nogueira (PSDB), além do presidente da Mesa Diretora da Casa, vereador Laudir Munaretto (MDB), mas até o momento não houve retorno. Nesta terça-feira (22), os vereadores também se reuniram no plenarinho com a Comissão de Negociação do Simted.
Na oportunidade, Ishy aproveitou para lembrar o apoio que a categoria em greve vem recebendo da comunidade escolar e de importantes entidades, como a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação). De acordo com a nota, a “postura do judiciário local termina por criminalizar um instrumento da classe trabalhadora que é reconhecido em nossa legislação como direito”.
O vereador enfatizou que os problemas ainda vão muito além da questão salarial, por isso a importância do respaldo da sociedade. O Simted relata, por exemplo, a falta investimento em recursos tecnológicos, pedagógicos e de infraestrutura, mesmo com o crescimento das receitas destinadas à manutenção e desenvolvimento da educação básica, além da falta de professores de apoio da educação especial e estagiários.