Por Portal do Agronegócio 

Ao se comparar com a mesma base de dados de 2020, o incremento chega a 2,08% no quantitativo e 6,63% no valor transacionado.

As informações são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgou na quarta-feira (23) um boletim com a comercialização total de frutas e hortaliças nas Ceasas, por meio do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort).

As análises demonstram o comportamento do setor e faz um comparativo com o ano de 2020, a fim de avaliar as variáveis de mercado que influenciaram os resultados obtidos.

De acordo com o boletim, as Ceasas das regiões a seguir apresentaram aumentos no total comercializado: Centro-Oeste (2,83%), Nordeste (7,41%), Norte (13,81%) e Sul (2,81%); enquanto a região Sudeste teve queda de 1,09%. No que diz respeito ao valor transacionado, todas as regiões do país tiveram aumento e os percentuais foram: Centro-Oeste (9,16%), Nordeste (7,79%), Norte (11,99%), Sudeste (3,61%) e Sul (14,46%).

Entre os maiores entrepostos do Brasil, a comercialização de hortigranjeiros na Ceagesp/SP movimentou 3.054.856 toneladas (R$ 8,59 bilhões), na CeasaMinas/MG um total de 1.462.413 toneladas (R$ 3,85 bilhões), na Ceasa de Juazeiro/BA o volume foi de 1.427.574 toneladas (R$ 3,60 bilhões) e na Ceasa do Rio de Janeiro/RJ um quantitativo de 1.338.263 toneladas (R$ 3,86 bilhões).

O estudo aponta ainda que o percentual de participação das regiões na comercialização do setor hortigranjeiro do país tem se mantido constante nos últimos anos.

A região Sudeste respondeu por 51% (8.837.976 toneladas), seguida da região Nordeste, com 26% (4.555.684 toneladas), Sul com 13% (2.340.541 toneladas), Centro-Oeste com 8% (1.461.725 toneladas) e Norte com 2% (295.071 toneladas). Quando se considera o valor transacionado, o percentual do Sudeste foi de 52%, o Nordeste 23%, o Sul 14%, o Centro-Oeste 9% e o Norte 2%.

Em relação à comercialização de frutas brasileiras nos entrepostos estudados, o ano de 2021 fechou com estabilidade na quantidade total comercializada, comparado a 2020. “Houve um um pico de crescimento no mês de março devido a fatores como o retorno às aulas em alguns locais, flexibilização das medidas de combate ao coronavírus durante o ano, melhores preços de algumas frutas, e quedas nos últimos quatro meses do ano”, explica o superintendente de Estudos Agroalimentares e da Sociobiodiversidade da Conab, Marisson Marinho. “O decréscimo nesses meses deveu-se ao aumento de preços no atacado e no varejo, por influência dos baixos investimentos em algumas culturas – como mamão – ou mesmo restrição da oferta por redução da safra, no caso da maçã e laranja, além da alta nos combustíveis, que está na base da cadeia logística e de produção”.

Fonte: CONAB