O Banco do Povo da (PBoC, o BC chinês) e o regulador do mercado de câmbio do país, conhecido como Safe, prometeram nesta segunda-feira, 18, oferecer mais ajuda financeira a empresas atingidas pela pandemia de covid-19, num momento em que a segunda maior economia do mundo desacelera em meio a uma nova onda de covid-19.

O PBoC disse que irá manter liquidez “razoavelmente ampla” e orientar os bancos a ampliar o crédito para a economia. O BC chinês também apelou ao setor bancário que intensifique a concessão de crédito para empresas e indivíduos que foram mais afetados pelos surtos da variante Ômicron do coronavírus que levaram autoridades chinesas a decretar novos lockdowns.

O BC pediu ainda que os bancos comprem bônus emitidos por governos regionais e auxiliem administrações locais a impulsionar investimentos em infraestrutura.

O PBoC também prometeu que o setor bancário irá acelerar a liberação de empréstimos em regiões onde o crédito avançou menos e aprovará mais financiamentos para empresas de logística, que são cruciais para o transporte de bens durante a pandemia.

O BC informou ainda que autoridades irão isentar pequenas empresas chinesas de taxas pagas sobre transações com derivativos cambiais.

O comunicado veio horas após a China divulgar uma série de dados econômicos relevantes. No primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês teve expansão anual de 4,8%, maior do que se previa. No entanto, a atividade econômica teve forte desaceleração em março, refletindo os impactos das restrições motivadas pela atual onda de covid-19.

Na sexta-feira, 15, o PBoC anunciou um corte de compulsórios bancários, liberando 530 bilhões de yuans (US$ 83,2 bilhões) em liquidez. No mesmo dia, porém, o BC chinês decepcionou ao não reduzir algumas de suas principais taxas de juros.