Vista da fábrica Azovstal em Mariupol, em 19 de abril de 2022. (Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS)

De acordo com o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov, e que isto não é tema de negociação; todos os feridos e doentes receberão assistência médica

TASS – O Kremlin não considera que seja necessário fazer negociações em torno da saída de civis das instalações do complexo siderúrgico Azovstal, em Mariupol. 

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que os civis podem sair da fábrica livremente e os militares e milicianos devem depor as armas, informou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, na quinta-feira (28). Ele fez esse comentário em resposta à observação do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, de que Kiev está pronta para negociações imediatas sobre a evacuação de pessoas de Azovstal.

“O presidente deixou bem claro: os civis podem sair e ir a qualquer lugar que quiserem. Os militares devem depor as armas e sair também. Suas vidas serão preservadas. Todos os feridos e doentes receberão assistência médica”, disse Peskov. “O que há para negociar neste caso?”

Zelensky declarou a prontidão de Kiev para negociações sobre a evacuação de pessoas de Azovstal na quinta-feira, após as conversas com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.

Na terça-feira, Guterres manteve conversações com Putin em Moscou. Durante a parte aberta da reunião, o presidente russo afirmou que todos os civis, se estiverem realmente presentes no Azovstal, estão livres para sair de lá, e os militares ucranianos devem deixá-los ir. O presidente observou que os corredores humanitários russos de Mariupol estão ativos, e cerca de 130.000 a 140.000 pessoas já os usaram, e estão livres para ir aonde quiserem – seja para a Rússia ou para a Ucrânia. De acordo com Putin, se os civis estão de fato dentro de Azovstal, mantê-los como escudos humanos é um crime de guerra dos batalhões nacionalistas ucranianos.

Putin também afirmou que os militares ucranianos que já depuseram suas armas são mantidos em condições adequadas e recebem assistência médica, se necessário. Ele afirmou que a Rússia está pronta para fornecer à ONU e à Cruz Vermelha Internacional acesso a esses prisioneiros de guerra.

Fonte: Brasil 247