Preso preventivamente no dia 30 de março, Wilson Andrade dos Santos que é empresário e dono de uma pizzaria em São Paulo (SP), teve pedido de liberdade negado na quarta-feira (4). Ele se tornou réu por roubar R$ 234.086,00 de uma agência da Caixa Econômica Federal na Avenida Gunter Hans, em Campo Grande, crime cometido em julho de 2019.
A decisão é da juíza federal Julia Cavalcante Silva Barbosa, em substituição na 3ª Vara Federal de Campo Grande. Na peça, é citado que Wilson foi denunciado com os outros réus em 4 de março e a denúncia recebida no dia 25. Como ele não foi localizado para prestar depoimento, bem como outros fatores apontados, foi decretada a prisão preventiva.
Agentes da Polícia Federal cumpriram o mandado no dia 30 de março. Assim, a defesa do réu entrou com o pedido de liberdade provisória, que acabou negado. A alegação era de que Wilson tem residência fixa desde 2018 e ocupação lícita, bem como que o crime não foi praticado com emprego de arma de fogo ou mediante violência.
Viajava para roubar em Campo Grande
O MPF (Ministério Público Federal) chegou a citar que, tendo residência fixa em São Paulo, Wilson viajou até Campo Grande para praticar os crimes. Ele também já foi investigado pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), apontado como autor em outros roubos.
Com outros réus, como o ex-PM Leandro Charias, Wilson foi acusado de participar do roubo à agência do Banco do Brasil na Avenida Afonso Pena. O grupo de ‘engravatados’ entrou no banco e os autores se passaram por funcionários. Os acusados levaram naquele dia R$ 1,1 milhão. Em novembro de 2018, eles teriam tentado roubar uma agência da Caixa na Avenida Mato Grosso.
No entanto, o roubo acabou não dando certo. Menos de um ano depois, em julho de 2019, roubaram a agência da Gunter Hans. Wilson é acusado de integrar o ‘Núcleo Duro’ da organização criminosa, junto com Marcio Dornelles Mendes Junior, Leandro Charias e Wilton Pereira Teixeira.
Por fim, em 22 de dezembro de 2019, o grupo formado pelos acusados tentou furtar valores do cofre central do Banco do Brasil em Campo Grande. Para isso, eles cavaram um túnel de aproximadamente 70 metros, mas o crime também foi frustrado pelo Garras, que acabou prendendo integrantes da organização criminosa.
Roubo ao BB da Afonso Pena
Foi em 17 de maio de 2016 que dois homens vestindo roupa social, gravata e com crachás entraram na agência do Banco do Brasil da Avenida Afonso Pena, como se fossem funcionários, e levaram R$ 1,1 milhão. O dinheiro tinha acabado de ser deixado no banco e os autores foram identificados durante as investigações da tentativa de roubo à central do mesmo banco, em dezembro de 2019.
Naquele dia, por volta das 9h10 os dois bandidos entraram no banco, passando normalmente como funcionários. Eles demoraram de 10 a 15 minutos até conseguirem roubar os mais de R$ 1 milhão, dinheiro que tinha acabado de ser entregue na agência pelo carro-forte. Na época, mesmo com o trabalho do Garras eles não foram localizados.
Foi a partir das investigações da tentativa de roubo em dezembro de 2019, com a prisão de vários integrantes da quadrilha que escavou um túnel para acessar o cofre da central do Banco do Brasil, que os autores do crime foram identificados.