Foi deflagrada na manhã desta terça-feira (10), a Operação Calígula contra de jogos de azar e um dos alvos é Ronnie Lessa, que está encarcerado no Presídio Federal de Campo Grande. Ele é apontado como o executor da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes.

A operação deflagrada pelo Ministério Público também tem como alvos  Rogério Costa de Andrade e seu filho Gustavo de Andrade. Rogério é apontado como lpude da quadrilha que comanda os jogos de azar. Segundo a CNN, a quadrilha atuava a décadas. “Segundo narram as denúncias oferecidas pelo MP, Rogério e Gustavo de Andrade comandam uma estrutura criminosa organizada voltada à exploração de jogos de azar. Não apenas no Rio de Janeiro, mas em diversos outros estados, que há décadas exerce o domínio de diversas localidades”, alegou o MP.

A organização tinha dois pilares fundamentais: a habitual e a permanente. Havia também a corrupção de agentes públicos, além da violência usada contra os desafetos e concorrentes. Ainda segundo o MP, a parceria entre o líder da organização, Rogério, e Ronnie Lessa é apontada como antiga, “havendo elementos de prova de sua existência ao menos desde 2009”, disse na denúncia.

O relato ainda traz que em 2009, Lessa, “indicado como um dos seguranças de Rogério de Andrade, perdeu uma perna em atentado á bomba que explodiu seu carro”. Já em 2018, ano em que Marielle foi assassinada os dois denunciados se reaproximaram. Rogério de Andrade se aliou novamente a Ronnie Lessa e pessoas a estes ligadas, abrindo uma de apostas na Barra da Tijuca”, aponta o MP.

Ronnie Lessa

Principal suspeito de assassinar a ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), e o motorista Anderson Gomes em março de 2018, o policial reformado Ronnie Lessa disse, em entrevista à revista Veja, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) o ajudou em 2009 para que ele recebesse prioridade em um atendimento na ABBR (Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação), mas que mal o conhece.

Na época, o hoje chefe do Executivo era deputado federal. O policial militar reformado, de 51 anos, está preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, desde dezembro de 2020.

Ronnie Lessa morava e foi preso no mesmo condomínio em que Jair Bolsonaro morava com a família na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Apesar disso, o suspeito de matar Marielle afirmou à revista que nunca foi próximo do presidente. “É um cara esquisito. Se vi cinco vezes na vida, foi muito. Um dia cumprimenta, outro não, e mesmo assim só com a mãozinha. E nunca vi os filhos dele”, disse para a Veja.